Outros elos pessoais

24 maio 2016

Armadilhas

É muito frequente encontrarmos pessoas de boa-fé a esgrimir posições do género: é preciso respeitar o outro. Por outras palavras, é necessário respeitar as diferenças. Porém, essas posturas estão cheias de armadilhas. Na verdade, seria preocupante defender-se que devem ser respeitadas as opiniões e os actos, entre outros, dos terroristas, dos assassinos, dos torcionários, dos genocidas, dos estupradores e dos racistas.

2 comentários:

  1. O fim da pena de morte para criminosos dessa tipologia parece gritar esse argumento de que é preciso respeitar o outro, "entre outros, as opiniões e os actos dos terroristas, dos assassinos, dos torcionários, dos genocidas, dos estupradores e dos racistas."

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  2. Atenção a não confundir. A primeira razão para recusar a pena de morte é exactamente a necessidade de dizer NÃO à cultura da violência dos próprios criminosos. Não é possível chamar alguém de criminoso e ao mesmo tempo querer pena de morte para ele. Segundo, a diferença de penas como reclusão para crimes de tipo fraude ao estado ou parecidos, nunca a pena de morte em nenhum pais do mundo contribuiu a desencorajar o crime violento. Pelo contrário, normalmente aumentou - nos EUA por ex. é claramente encorajada MAIS violência porque deve-se eliminar qualquer risco de acabar na cadeia eléctrica. Terceiro e para mim tão importante quanto as outras razões, NUNCA há justiça perfeita e acabam sendo "executados" muitos inocentes e muitos pobres que nem tem direito a defesa (com advogados de borla que as vezes fazem pactos com a procuradoria sacrificando o acusado para dar uma victória fácil e receber em troca outros favores). Os ricos sabemos muito bem que nunca acabam mortos. Para mim basta um inocente morto injustamente para recusar de imediato a pena de morte. Ademais a facilidade com que os ricos saem e os pobres ficam presos deveria fazer entender que o nosso desejo de justiça NAO é de forma mais absoluta satisfeito com medidas desse tipo. Enfim, se gostam de sangue e vingança "random", tudo bem, mas não falem de justiça. Bom fim de semana

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