Adenda: leia também um texto no "The Wall Street Journal", aqui.
Adenda 2 às 16:18: confira agora aqui.
Adenda 3 às 16:27: um texto de Paul Fauvet no Facebook, aqui.
Adenda 4 às 17:01: um texto da "Reuters", aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
O " Presidente" Chipande explicou na Beira que não havia necessidade de explicação publica da Divida para alem da explicação que esta a a dar publicamente. Disse que a Divida é Soberana e que o país vai pagar. A minha pergunta é: Nao sendo Soberana em relaçao que recomendou uma confissao ao mais alto nivel, é Soberana em relaçao a quem? Aos moçambicanos ? Também nao porque eles é que vao paga-la como ainda estão a pagar o rombo do BPD, do Banco Austral... sempre com os mesmos a beneficiar.
ResponderEliminarMOZ agradece, Joseph Hanlon !
ResponderEliminarMais do que a divida que nos asfixia enquanto dignos representantes da classe media, preocupa-me tambem os diversos indicios que nos apontam para o genocidio de populacoes anonimas mocambicanas. A descoberta recente de 120 corpos numa vala comum da Gorongosa, com indicios de terem sido recentemente executados ou mortos em combate levanta questoes que ate agora tem sido confortavelmente desviadas da discussao publica.
ResponderEliminarE via de regra, esses episodios tendem a se expandir quanto maior for a contestacao socio-politica contra o status-quo.
Sou de opiniao que se deve criar uma equipa com especialistas nacionais e estrangeiros para se apurar o que se passou ali. E tambem, sobre outros casos de execucoes sumarias que tem sido reportados amiude na zona centro de Mocambique, hoje em dia, um teatro operacional de guerra de guerrilha. Essa e que e a verdade.
Esta tarde, no facebook, chamei a atenção para duas notícias sobre os ditos corpos, estando numa uma foto com coisas [presumíveis corpos, mas podiam pedras...]dentro de sacos plásticos negros, com inscrições a branco, estando noutra soldados com bóinas vermelhas. Evidentemente que se procurou com as fotos, aparentemente não pertença da "Lusa", mostrar num caso tecnologia de ponta no enterro em vala comum, uma imputação às forças governamentais noutra. A história dos corpos carece absolutamente de investigação. Finalmente, pelo menos a "Folha de Maputo", citando o administrador da Gorongosa, já desmentiu a notícia. Também neste caso é necessários investigar. A dúvida metódica é sempre útil, especialmente quando se juntam vários fenómenos havidos por negativos e acabamos nuns casos por os termos todos como reais, noutros por dotá-los do mesmo coeficiente de validade.
ResponderEliminarSugestão aos eventuais leitores, conferir aqui:
ResponderEliminarhttp://oficinadesociologia.blogspot.com/2016/04/administrador-desmente-noticia-da-vala.html
Sr. Professor, penso que temos de ser prudentes na analise dos factos, inclusive os de origem oficial. Nao e a primeira vez em que dirigentes sao apanhados em perjurio. So para recordar que ate ha um mes, nao "havia refugiados de guerra no Malawi". E no entanto, semana passada, o PR foi aquele pais com esse ponto na agenda.
ResponderEliminarLi hoje, que os dois reporteres que noticiaram a existencia da vala comum, que se identificam pelos nomes: Arcénio Sebastião (Deutsche Welle) e André Catueira (Lusa) reiteram que ha efectivamente valas comuns.
Portanto, o que se poderia fazer agora e comprovar os factos no terreno. Isso e que uma investigacao cientifica isenta aconselha.
Agora, nao acho correcto que se "afunile" o assunto para os numeros reportados, como prova "insofismavel" da mentira ou inverdade, que o sr. administrador - com o devido destaque neste blogue - nos vem apresentar. Que sejam 15 ou 120 corpos, isso diminui o facto de estarmos a caminharmos inexoravelmente para um novo estagio de violencia que nos conduzira ao genocio tipo Ruanda? Ou isso so interessara quando chegarmos as centenas de vitimas?
Confesso que me surpreendi com a insistencia na "duvida metodica" desta vez!
P.S. Seu site esta novamente infectado com um Trojan Horse.
Insisto na dúvida metódica, andamos inundados de valas de crenças. Não, desta vez não está infectado.
ResponderEliminar"Acreditar não importa em quê
Quanto mais reina a angústia, mais propensos somos a acreditar não importa em quê, desde que a crença conforte a insegurança emocional e física. A vida é sempre o reino da luta contra a incerteza mesmo que a certeza obtida seja completamente incerta e, até, falsa. Naturalmente que semelhante assertiva geral tem nuances e bifurcações específicas. Assim, as filiações políticas, as hostilidades, os ódios, o conflito, tudo isso atrai as crenças múltiplas tal como a limalha atrai o ferro. Em cada víscera irritada viaja, afinal, um antagonismo.
Adenda às 19:12: parece ser sensato admitir que tudo isso favorece o reinado dos produtores de "verdades" do tipo banha da cobra que povoam a internet."
http://oficinadesociologia.blogspot.com/2016/05/acreditar-nao-importa-em-que.html