Segundo um porta-voz da polícia citado pela "Rádio Moçambique": "Devido aos sucessivos ataques a alvos civis, Cidide Paulo anunciou que a partir desta quinta-feira as colunas militares voltaram a acompanhar a circulação de viaturas no troço Rio Save-Muxúnguè." Aqui.
Adenda às 15:46: é de facto impressionante esta castrense e destruidora luta pela "democracia" sistematicamente proclamada e praticada por certos círculos de opinião.
Adenda 2 às 18:42: dois indivíduos disparam uns tiros numa estrada e de imediato certos círculos de opinião - de jornais a certos blogues e a certas páginas das redes sociais digitais - proclamam: há guerra civil.
Adenda 3 às 18:54: em certas páginas das redes sociais digitais há especialistas dos grandes planos dramáticos: um tiro corresponde para eles a 50 tiros, um ataque a 100 ataques, um ferido a 200 feridos e um morto a 300 mortos. São especialmente ávidos de mortes governamentais.
Adenda 4 às 20:24: Citando Paul Ricoeur: a "interpretação, diremos, é o trabalho de pensamento que consiste em decifrar o sentido oculto no sentido aparente, em desdobrar os níveis de significação implicados na significação literal."
Adenda 5 às 04:36 de 19/02/2016: o Sr. António Muchanga certamente não é perverso: "Questionado pela Lusa se os recentes ataques na N1 na província de Sofala foram realizados por homens armados da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), o porta-voz do maior partido de oposição limitou-se a dizer que "é tarefa das forças de defesa e segurança garantirem a segurança das pessoas que transitam, independentemente de quem ataca". Aqui.
Adenda 6 às 07:34 de 19/02/2016: Em determinados círculos de opinião [com ênfase para certos blogues, certos jornais e certas páginas das redes sociais], a maldade pertence às tropas governamentais e a bondade aos guerrilheiros do exército privado da Renamo. Implicitamente nuns casos e explicitamente noutros, admite-se a legitimidade da existência de dois exércitos no país, o governamental e o privado.
Adenda 7 às 07:37 de 19/02/2016: um dos grandes desafios do país consistirá em desaprender a caudilhagem.
Adenda 8 às 09:31 de 19/02/2016: a Renamo defende que houve fraude nas eleições gerais de 2014 [aliás, sempre houve eleições fraudulentas em Moçambique desde 1994 segundo aquele partido proprietário de um exército privado]. Porém, nas províncias onde defende ter ganho mais votos sustenta que as deve governar, independentemente da Constituição e demais leis. Por outras palavras, as eleições foram ao mesmo tempo fraudulentas e não fraudulentas. Nem Heráclito produziria melhor dialéctica.
Adenda 9 às 09:51 de 19/02/2016: aqui e acolá, há gente aparentemente desprevenida que cita fontes declaradamente saudosas do colonialismo para reportar o que se está a passar no país.
Adenda 10 às 10:07 de 19/02/2016: certos círculos de opinião nacional e estrangeira tentam ostensivamente apresentar uma imagem de caos e desgoverno no país.
Adenda às 15:46: é de facto impressionante esta castrense e destruidora luta pela "democracia" sistematicamente proclamada e praticada por certos círculos de opinião.
Adenda 2 às 18:42: dois indivíduos disparam uns tiros numa estrada e de imediato certos círculos de opinião - de jornais a certos blogues e a certas páginas das redes sociais digitais - proclamam: há guerra civil.
Adenda 3 às 18:54: em certas páginas das redes sociais digitais há especialistas dos grandes planos dramáticos: um tiro corresponde para eles a 50 tiros, um ataque a 100 ataques, um ferido a 200 feridos e um morto a 300 mortos. São especialmente ávidos de mortes governamentais.
Adenda 4 às 20:24: Citando Paul Ricoeur: a "interpretação, diremos, é o trabalho de pensamento que consiste em decifrar o sentido oculto no sentido aparente, em desdobrar os níveis de significação implicados na significação literal."
Adenda 5 às 04:36 de 19/02/2016: o Sr. António Muchanga certamente não é perverso: "Questionado pela Lusa se os recentes ataques na N1 na província de Sofala foram realizados por homens armados da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), o porta-voz do maior partido de oposição limitou-se a dizer que "é tarefa das forças de defesa e segurança garantirem a segurança das pessoas que transitam, independentemente de quem ataca". Aqui.
Adenda 6 às 07:34 de 19/02/2016: Em determinados círculos de opinião [com ênfase para certos blogues, certos jornais e certas páginas das redes sociais], a maldade pertence às tropas governamentais e a bondade aos guerrilheiros do exército privado da Renamo. Implicitamente nuns casos e explicitamente noutros, admite-se a legitimidade da existência de dois exércitos no país, o governamental e o privado.
Adenda 7 às 07:37 de 19/02/2016: um dos grandes desafios do país consistirá em desaprender a caudilhagem.
Adenda 8 às 09:31 de 19/02/2016: a Renamo defende que houve fraude nas eleições gerais de 2014 [aliás, sempre houve eleições fraudulentas em Moçambique desde 1994 segundo aquele partido proprietário de um exército privado]. Porém, nas províncias onde defende ter ganho mais votos sustenta que as deve governar, independentemente da Constituição e demais leis. Por outras palavras, as eleições foram ao mesmo tempo fraudulentas e não fraudulentas. Nem Heráclito produziria melhor dialéctica.
Adenda 9 às 09:51 de 19/02/2016: aqui e acolá, há gente aparentemente desprevenida que cita fontes declaradamente saudosas do colonialismo para reportar o que se está a passar no país.
Adenda 10 às 10:07 de 19/02/2016: certos círculos de opinião nacional e estrangeira tentam ostensivamente apresentar uma imagem de caos e desgoverno no país.
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