O saber simbólico, em suas diversas manifestações no interior de relações sociais concretas, é, ao mesmo tempo, uma crença, um diagnóstico e uma terapia. Crer em espíritos não é diferente de crer em deuses. Os seus postulados não são verificáveis experimentalmente, mas a fé dispensa provas físicas. O acaso e o fortuito não existem nessa fé: tudo tem uma explicação e essa explicação parte da crença de que entidades poderosas, vivas ainda que invisíveis, em simultâneo iguais e superiores aos seres humanos, governam os nossos actos e os nossos desejos.
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