Outros elos pessoais

12 setembro 2015

Refugiados: generalizações e medos

Rádios, jornais, blogues e redes sociais estão cheios de preocupação, medo e azedume no tocante aos refugiados que procuram paz na Europa. Estes refugiados são encaixados em categorias nacionais absolutas e nessa condição tratados como portadores das mesmas e substancializadas características sociais. Dessa maneira são evacuados os ventos belicosos do grande Capital, os caciquismos, os extremismos religiosos, os interesses estratégicos das grandes potências e dos aliados locais, as lutas de corredor e chancelaria e os penumbrosos meandros das secretas.
À generalização abusiva junta-se o medo local do desconhecido havido como intruso, tanto mais forte quanto as pessoas, atormentadas com a recessão, não confiam no futuro. É regra geral nesse contexto que surge a busca desenfreada dos bodes expiatórios e floresce o êxito da extrema-direita sob as clássicas formas - quantas vezes trágicas - do racismo, do etnicismo e do xenofobismo.

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