Adenda: este diário tem centenas de entradas sobre o desalmado saque da nossa madeira. Tempos houve em que abordar no país a desflorestação era considerado, por alguns cavaleiros andantes do tudo está bem, acto de lesa-pátria, exercício de macomunação com a estranja maquiavélica. Mas faz já alguns anos - especialmente desde 2011 - que se multiplicam os relatos pungentes e frontais sobre o desalmado saque florestal do país. Neste diário há desde 2007 centenas de postagens sobre esse saque, a mais recente está aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
24 julho 2015
O saque da madeira
Adenda: este diário tem centenas de entradas sobre o desalmado saque da nossa madeira. Tempos houve em que abordar no país a desflorestação era considerado, por alguns cavaleiros andantes do tudo está bem, acto de lesa-pátria, exercício de macomunação com a estranja maquiavélica. Mas faz já alguns anos - especialmente desde 2011 - que se multiplicam os relatos pungentes e frontais sobre o desalmado saque florestal do país. Neste diário há desde 2007 centenas de postagens sobre esse saque, a mais recente está aqui.
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Dentro de pouco tempo o discurso político do dia segundo o qual : "Há nas matas irmãos nossos que são enganados pela oposição" mudará para " Há no nada irmãos nossos deixados pelos madeireiros desalmados"
ResponderEliminarPS: esse conceito que se lê nos discursos oficiais segundo o qual as pessoas têm de sair das "matas" para o meio urbano desruraliza o país descaracterizando-o e aumentando a taxa de vadiagem urbana. É um discurso que despreza o campo, as aldeias onde vive mais de 80% dos eleitores que são, por esse veículo, considerados párias, marginais à norma, cidadãos de segunda, etc. Apesar de 80% do Conselho de Ministros vir dessas "matas"
PS2: quando comecei a trabalhar, Marcelino dos Santos, então Ministro do Plano, Economia e Finanças (?) respondendo a um pedido generalizado de instituição de subsídio de isolamento disse: "moçambicano isolado em Moçambique? De que é que um moçambicano se sente isolado no seu pai? Isolamento era para o colono que vinha do Minho ou o funcionário recrutado em Goa e colocado em Mecula ou em Lourenço Marques " Ainda que não concordasse tenho que reconhecer que o conceito de país do homem era mais consistente do que o destes chefes que consideram que têm irmãos nas matas... Lá longe do Moçambique que eles têm no coração.
Não gosto nada desse discurso.
Será que as autoridades de geologia estão acordadas e estão a ver o que está a acontecer na sua área?
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