Outros elos pessoais

28 abril 2015

Xenofobia e shangaanfobia: história e estereótipos na África do Sul e em Moçambique (5)

"Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem. " [Bertolt Brecht]
Quinto número da série. Entro no quarto ponto do sumário proposto aqui, a saber: 4. África do Sul 2008, 2010 e 2015, subponto 4.1. Síndrome da história metropolitana. Em 2008 milhares de Moçambicanos regressaram ao país, fugidos da perseguição xenófoba. Em 2010, a África do Sul deportou em massa os imigrantes zimbabweanos e o nosso país recebeu mais de 40 mil compatriotas fugidos da violência. Em ambos casos, Zimbabwe e Moçambique receberam pessoas humilhadas, potencialmente geradoras de microclimas sociais de insatisfação. Este ano surgiram de novo perseguições vincadamente xenófobas. Os estrangeiros são sistematicamente acusados de roubar os empregos aos sul-africanos. Estamos confrontados com uma crença objectivamente falsa mas havida como subjectivamente verdadeira.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.