Outros elos pessoais

19 março 2015

Razak, poder motorizado e descontentes

"O Presidente da República, Filipe Nyusi, prometeu ontem, no seu primeiro discurso à nação, formar um Governo prático e pragmático, orientado por objectivos de redução de custos e no combate ao despesismo." Aqui.
Pemitam sugerir-vos sugerir-vos esta minha postagem de 28 de Janeiro:
"Tanto quanto posso avaliar em partes da cidade de Maputo, não parece ter havido ainda contenção de despesas no poder motorizado estatal. Sobre esse poder, permitam-me recordar-vos parte de um texto meu divulgado através de uma série neste diário:
"Este é um dos grandes pulmões do poder político, parte integrante do espectáculo do poder expondo-se através da viatura último modelo, do ruído marcante, do aparato policial. [Não me interessa aqui o poder motorizado particular do gestor do poder político, o uso privado de viaturas. Interessa-me, sim, a espectacularidade do poder motorizado oficial, desse espantoso poder a grande velocidade que abre caminho através do carro policial da sirene, acompanhado pelas luzes de aviso, protegido pelos agentes de segurança, servido pelas ordenanças. Quanto mais importante o cargo do chefe, mais aparatoso é o poder motorizado. Mas a alma do aparato ultrapassa, afinal, as regras da hierarquia. Mesmo se numa capital provincial de pouco tráfego, mesmo se na sede distrital, o chefe e o sistema tudo fazem para se anunciarem, a visibilidade é de regra. Quanto mais aparato, mais poder genuíno exposto. É imperativa a velocidade, há tenebrosos inimigos à espreita? Creio que o fundamental do poder a expor não reside nessa pergunta, mas nesta: como mostrar que estou em primeiro lugar, que sou elite, que sou puro poder, poder absolutamente não miscível, poder fundador, poder infinito?" Aqui."

1 comentário:

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.