Quarto número da série. Termino o primeiro ponto do sumário proposto aqui, a saber: 1. Contexto e dimensão do assassinato. Passo, agora, ao segundo contexto, o contexto das linhas de debate de Gilles Cistac, Professor Catedrático, director-adjunto de Inevstigação e Extensão da Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane, coordenador dos cursos de pós-graduação. No ano passado ele defendeu a redução de ministérios no país. Mais recentemente, argumentou que não havia impedimentos legais à criação de províncias autónomas por parte da Renamo. Essas e outras intervenções fizeram com que fosse severa e sistematicamente atacado e diabolizado a vários níveis, com intenso ódio político, em jornais físicos, em jornais digitais e em redes sociais digitais. Parte dos críticos estava resguardada em identidades falsas. O Professor foi atacado multiplamente pela sua "raça", pela juventude da sua nacionalidade moçambicana (de origem francesa, foi acusado de obter a nossa nacionalidade de forma fraudulenta); foi acusado de ser hipócrita, de estar ao serviço de interesses estrangeiros, de ser espião, de destruir a hospitalidade e a paz moçambicanas, de desestabilizar o país; propuseram a sua expulsão, na prática propuseram a sua eliminação. A última reacção de Cistac foi recordada na página 3 do semanário "Savana" desta semana, aqui.
Adenda às 07:04: leia a minha carta ao Presidente da República, Eng.º Filipe Nyusi, aqui.
Adenda 2 às 07:22: na foto abaixo o tema de um debate que está a acontecer neste momento na estação televisiva TIM:
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