Outros elos pessoais

14 janeiro 2015

Produção de heróis e mártires para a Renamo (5)

Quinto número da sériePor que tenta a polícia transformar António Muchanga em herói? - esta foi uma pergunta formulada pelo jornalista Paul Fauvet aqui. Essa pergunta é o pretexto para esta série. Prossigo com as hipóteses. Escrevi no número anterior que o herói de certos círculos políticos, Afonso Dhlakama, recebeu mais um aditivo após a campanha eleitoral do ano passado: o de messias. Herói e messias em que sentido? Comecemos pelo heroísmo. Nos círculos citados, Dhlakama foi abundantemente construído como herói (ele próprio se auto-estimou nesse sentido), como caudilho destemido, como esforçado cavaleiro andante que deixou o conforto de Maputo para viver no mato, lá onde moram as dificuldades, lutando vitoriosamente, comandando os guerrilheiros do seu exército privado contra o poder central, com o pensamento nos pobres, nos fracos, nos direitos humanos, na democracia e na melhoria da vida dos Moçambicanos. Aguardem a continuidade da série. (mapa abaixo reproduzido com a devida vénia daqui)

2 comentários:

  1. "... Dhlakama foi abundantemente construído... como esforçado cavaleiro andante que deixou o conforto de Maputo para viver no mato..."

    É ele o nosso Dom Quixote ?

    ResponderEliminar
  2. No mato....Onde mora o Povo.
    No mato.... De onde se constrói a libertação desde os tempos da luta armada contra o colonialismo português.
    O meio rural não é mato. Onde moram pessoas não é mato. Mato, se ainda existe isso depois dos chineses, deve ser próximo do que são as Reservas Naturais onde vivem animais selvagens, mesmo esses, artificiais porquanto se desalojam pessoas para os preservar.
    PS: Nos anos 80 , para melhorar os rendimentos decretados pelo década 4/80, havia correntes que defendiam o subsídio de isolamento. A resposta de Marcelino dos Santos foi: Moçambicano isolado de que em Moçmbique? Isolado era aquele que deslocado de Trás os Montes ou Algarve para trabalhar no Niassa! Durante a era colonial! Resultado: só veio haver subsídio - com outro nome- muito depois , com Machungo primeiro ministro

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.