Tanto quanto posso avaliar em partes da cidade de Maputo, não parece ter havido ainda contenção de despesas no poder motorizado estatal. Sobre esse poder, permitam-me recordar-vos parte de um texto meu divulgado através de uma série neste diário:
"Este é um dos grandes pulmões do poder político, parte integrante do espectáculo do poder expondo-se através da viatura último modelo, do ruído marcante, do aparato policial. [Não me interessa aqui o poder motorizado particular do gestor do poder político, o uso privado de viaturas. Interessa-me, sim, a espectacularidade do poder motorizado oficial, desse espantoso poder a grande velocidade que abre caminho através do carro policial da sirene, acompanhado pelas luzes de aviso, protegido pelos agentes de segurança, servido pelas ordenanças. Quanto mais importante o cargo do chefe, mais aparatoso é o poder motorizado. Mas a alma do aparato ultrapassa, afinal, as regras da hierarquia. Mesmo se numa capital provincial de pouco tráfego, mesmo se na sede distrital, o chefe e o sistema tudo fazem para se anunciarem, a visibilidade é de regra. Quanto mais aparato, mais poder genuíno exposto. É imperativa a velocidade, há tenebrosos inimigos à espreita? Creio que o fundamental do poder a expor não reside nessa pergunta, mas nesta: como mostrar que estou em primeiro lugar, que sou elite, que sou puro poder, poder absolutamente não miscível, poder fundador, poder infinito?" Aqui.
Give up Luxury Cars, Archbishop Tutu Tells South Africa Leaders
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