O novo ministro da Finanças da Grécia,Yanis Varoufakis, tem um blogue, aqui.
Observação: um pouco em jornais, redes sociais digitais e blogues, Yanis Varoufakis aparece rotulado como marxista. Parece que o fundamental para certos círculos de opinião não é o conjunto de ideias de gestão económica de Yanis, mas o facto dele ser marxista. Passa, assim, a ideia de uma anormalidade, de um fenómeno espúrio, de uma malignidade, tão ao gosto dos sistemas e dos produtores neoliberais das teorias almofadadas. Perante os Yanis do planeta, nervosos ficam os mandarins do verbo nefelibata, os intelectuais medíocres do nem-nem, os seminaristas da razão nem-direita-nem-esquerda, os comentadores iluminados, os adoradores da neutralidade, enfim os fiéis de Sancho: “Sancho não quer que dois indivíduos estejam 'em contradição', um com o outro, como burguês e proletário […], ele desejaria vê-los entrar numa relação pessoal de indivíduo para indivíduo. Não considera que, no quadro de uma divisão de trabalho, as relações pessoais tornam-se necessariamente, inevitavelmente, relações de classes e se cristalizam como tais; assim, todo o seu palavreado reduz-se a um voto piedoso que pensa realizar exortando os indivíduos dessas classes a expulsar do seu espírito a ideia das suas 'contradições' e dos seus 'privilégios' particulares […] Para destruir a 'contradição' e o 'particular', bastaria mudar a 'opinião' e o 'querer'. […] - Marx, Karl, Idéologie allemande. Paris: A. Costes, 1947, Œuvres Philosophiques, tome IX, p. 94 [Marx ataca Max Stirner (1806/1856), filósofo alemão.]
A direita, toda a direita europeia, vive um pesadelo desde a vitória do Syriza. A cultura anti-democrática desta gente fez estalar o verniz. A afirmação indecorosa do PPE “ lamenta a derrota de Samaras e a vitória das "mentiras" do Syriza”. Esta direita está imunizada à ideia de progresso e de justiça social. Tem uma visão unidimensional, egocêntrica e redutora da sociedade e do mundo. Aspiram a ser os donos disto tudo.
ResponderEliminarEstes charlatães apresentam-se como os verdadeiros jhiadistas neoliberais. A submissão acrítica à fé dos mercados, aos especuladores e parasitas financeiros, à inevitabilidade das privatizações, à destruição do estado social, à apologética do austeritarismo e do empobrecimento, aos simulacros de reformas estruturais converte-os nos jhiadistas do ocidente.