Outros elos pessoais

10 dezembro 2014

De novo o governo de gestão de Dhlakama

Extractos da intervenção de Afonso Dhlakama, presidente da Renamo, em comício realizado na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado, citado pelo "Notícias" digital de hoje: “Peço-vos calma, eu vou negociar com a Frelimo para juntos formarmos um governo de gestão onde a Renamo e a Frelimo vão indicar os ministros, governadores e outros dirigentes. [...] Se a Frelimo não aceitar esta proposta aí sim, eu vou combinar convosco como reagirmos, porque chega de brincadeiras como as de 1994, 1999, 2004 e 2009” [...] A verdade é que a Frelimo não vai governar mais sozinha senão aceitar a minha proposta e colocar os meus governadores e administradores em Nampula, Zambézia, Sofala, Tete e Manica [...] Não haverá guerra, não fiquem com medo, eu garanto que tudo será feito com a maior tranquilidade, vocês vão ver, mas isso não quer dizer que se a Frelimo provocar-nos como o fez em Santungira eu tolerarei, vou ter que responder à violência”. Aqui.
Adenda às 04:25: caso possível, leiam esta entrevista aqui.
Adenda 2 às 05:02: este vaivém de Dhlakama (haverá paz, mas se...) permite recordar o Maquiavel de "O Príncipe": “Como o leão não se sabe defender das armadilhas e a raposa não se sabe defender dos lobos, é necessário ser raposa para conhecer as armadilhas e leão para meter medo aos lobos. Os que querem fazer apenas de leão não percebem nada do assunto”.
Adenda 3 às 05:39: sobre muitos temas, em particular sobre a nomeação de governadores, vale sempre a pena recordar o que se passou após as eleições de 1999. Eis as exigências da Renamo na altura: "Abolição imediata do sistema judicial, por estar viciado e ser fortemente partidário/Representatividade equilibrada e tratamento igual da Renamo, no exército, na polícia, PIR e SISE/Nomeação pela Renamo-UE de governadores, administradores e chefes de posto, nas províncias onde a Renamo-União Eleitoral obteve a maioria de votos, nas eleições de 1999/Análise de um decreto governamental (15/2000) prevendo maior envolvimento das autoridades tradicionais e líderes comunitários/Desmantelamento das estruturas partidárias de base na administração pública/Libertação das pessoas detidas em ligação com as manifestações de 9 de Novembro." Confira aqui.
Adenda 4 às 08:44: "Vamos governar juntos - ou governamos juntos ou governamos sozinhos! A bola está, agora, do lado da Frelimo, do governo e do Presidente da República Armando Guebuza" [...] Considerando "fraudulentos" os resultados das eleições gerais de 15 de Outubro, Dhlakama enfatizou que caso a exigência de um governo de inclusão não seja satisfeita, a Renamo vai governar nas províncias onde ganhou nas presidenciais." Aqui.

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