Segundo número da série. Escrevi no número anterior que a descrição e a análise idealistas situam as pessoas dentro delas-mesmo e outorgam-lhes a capacidade demiúrgica de reger e alterar o mundo a seu bel-prazer. Ora, se estudarmos um pouco o tipo de descrições e de análises que surgem na imprensa escrita, nas rádios, nas televisões e nas redes sociais digitais, verificaremos facilmente que Nyusi da Frelimo, Dhlakama da Renamo e Simango do MDM são, regra geral, havidos como superhomens capazes de mudar magicamente o curso da história do país, independentemente da época histórica, dos modos de produção e de distribuição, dos feixes relacionais e das pressões dos grupos políticos e empresariais. Mesmo nos seus discursos de comício a psicologização abunda.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.