"[...] Desta vez a vitória é nossa, uma vez que as condições já estão criadas para o efeito. A vossa presença massiva (no comício) mostra claramente que Dhlakama já é inquilino da Ponta Vermelha. E isso está fazer com que alguns candidatos respirem fundo. No dia 15 vamos apenas às urnas confirmar a nossa vitória”, disse o candidato da Renamo."Aqui.
Terceiro e último número. Como escrevi no número anterior, o mais importante consiste em saber o que farão Dhlakama e Renamo caso não ganhem as eleições. Consideremos três cenários:
1. Aceitam os resultados, apesar das multidões dos comícios, fazendo fé na independência dos órgãos eleitorais e satisfeitos com o número generoso de deputados eleitos para a Assembleia da República;
2. Não aceitam os resultados por causa das multidões dos comícios, exibindo ruidosamente o argumento da fraude e ameaçando com o retorno à guerrilha ("Já estou a formar governo", terá dito Dhlakama, aqui);
3. Não aceitam os resultados por causa das multidões dos comícios, mas suspendem os protestos e a ameaça de regresso à guerrilha devido (1) ao número generoso de deputados eleitos para a Assembleia da República, (2) à oferta de alguns cargos estatais e de lugares em conselhos de administração e (3) à indicação de Afonso Dhlakama para vice-presidente da República.
Observação: pode ser que haja componentes secretos nos recentes acordos entre Estado e Renamo que não chegarão nunca ao conhecimento público e que contemplem cenários do tipo 3. Os acordos assinados só terão sentido político, real e prolongado, se, em caso de derrota da Renamo e do seu presidente, surgirem cenários desse tipo. Mas essa eventualidade partiria a coluna vertebral da nossa democracia. Finalmente: não se tratou nesta curta série de prever cenários em caso da vitória de Dhlakama e da Renamo.
Terceiro e último número. Como escrevi no número anterior, o mais importante consiste em saber o que farão Dhlakama e Renamo caso não ganhem as eleições. Consideremos três cenários:
1. Aceitam os resultados, apesar das multidões dos comícios, fazendo fé na independência dos órgãos eleitorais e satisfeitos com o número generoso de deputados eleitos para a Assembleia da República;
2. Não aceitam os resultados por causa das multidões dos comícios, exibindo ruidosamente o argumento da fraude e ameaçando com o retorno à guerrilha ("Já estou a formar governo", terá dito Dhlakama, aqui);
3. Não aceitam os resultados por causa das multidões dos comícios, mas suspendem os protestos e a ameaça de regresso à guerrilha devido (1) ao número generoso de deputados eleitos para a Assembleia da República, (2) à oferta de alguns cargos estatais e de lugares em conselhos de administração e (3) à indicação de Afonso Dhlakama para vice-presidente da República.
Observação: pode ser que haja componentes secretos nos recentes acordos entre Estado e Renamo que não chegarão nunca ao conhecimento público e que contemplem cenários do tipo 3. Os acordos assinados só terão sentido político, real e prolongado, se, em caso de derrota da Renamo e do seu presidente, surgirem cenários desse tipo. Mas essa eventualidade partiria a coluna vertebral da nossa democracia. Finalmente: não se tratou nesta curta série de prever cenários em caso da vitória de Dhlakama e da Renamo.
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