Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
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04 setembro 2014
Acordo, Estado e paz no Moçambique pré-Outubro (17)
Décimo sétimo número da série. Eis a décima quinta nota sobre o futuro Acordo de Maputo, que deverá ser assinado - ou homologado - amanhã pelo presidente da República, Armando Guebuza, e pelo presidente da Renamo, Afonso Dhlakama. Perguntei o seguinte no número anterior: qual o real significado de um bi-acordo político pré-eleitoral? O primeiro ponto a ter em conta foi a reactivação da guerra, desta feita de baixa intensidade. Esta guerra - com o risco de ampliar-se - punha em causa os processos normais de acumulação de Capital - local e internacional - e a vida dos cidadãos, especialmente das zonas rurais. Qual o segundo ponto? O segundo ponto é a redistribuição de recursos de vida, poder e prestígio pela elite da Renamo (especialmente militar) e pelos seus guerrilheiros. Porém, se são as eleições que determinam as decisões futuras, por que razão se fazem acordos antes dos resultados? Esta impertinente pergunta permite fazer estoutra: existe algum acordo secreto no sentido de garantir a certos membros da elite da Renamo lugares de honra no futuro governo do país - na crença de que quem ganha as eleições é a Frelimo -, tentando a Frelimo desse modo desguerrilhar a Renamo e convertê-la definitivamente ao bem-estar dos cargos e do prestígio?
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Did MOZ Government pay any sort of ransom to Afonso Dhlakama ?
ResponderEliminarWould this the right thing to do ?
Rest assured, ransom payments will go into promoting terrorist acts that will seriously affect MOZ and its neighbours.