Carlos Serra: Bem, Colegas, prossigamos o debate. O Félix e a Sónia deixaram perguntas no encontro anterior. Estou certo de que o Geraldo procurará responder-lhes. Mas, já agora, aproveito a oportunidade para vos colocar a seguinte questão: é legal a apresentação pública de Filipe Nyussi como candidato presidencial da Frelimo? Abraço. Carlos
Geraldo dos Santos: Sobre a pergunta do Félix, é evidente que nunca saberemos por que razão o Comité Central da Frelimo escolheu Nyussi e não Luísa Diogo. Provavelmente a escolha tem muito a ver uma preferência genuína por um candidato que parece reunir as qualidades de um líder ligado ao passado e ao futuro, um líder geracional que vai para a frente e mantém o cordão umbilical com o passado. O facto de se ele ser oriundo de Cabo Delgado, berço da luta de libertação nacional, é um dado importante a esse respeito. Provavelmente, também, contou muito na escolha a propaganda pré-eleitoral, a cadeia de alianças e ofertas estratégicas feitas no seio das diferentes alas da Frelimo. Agora, entro nas duas questões da Sónia. Sobre a primeira: se tivesse havido processos eleitorais na Renamo e no MDM certamente que isso seria motivo de debate aqui. Acredito que o nosso partido aqui é, unicamente, o da busca da verdade. Por outro lado, seria irrealista deixarmos de lado um processo histórico que diz respeito a quem dirige há muito tempo o poder político no país, gostemos ou não dele. O grande problema de muitos de nós é tomarmos certas ideias por ideias a favor ou contra certo partido ou certos partidos, é pensarmos que as nossas ideias favorecem X e não Y, que as nossas ideias são de pregação política. Respeitosos cumprimentos. Geraldo
Félix Gorane: À luz da lei, é manifestamente ilegal o Sr. Filipe Nyussi estar a ser apresentado como candidato presidencial de um partido, na circunstância da Frelimo. Uma viagem de Estado, com recurso a todos os meios do aparelho de Estado, está a servir para promover um partido. Há vários items legais que interditam a propaganda política fora dos períodos eleitorais. Por exemplo, o artigo 27 da Lei da Probidade Pública de 2012. Tenho dito por agora. Cumprimentos. Félix
Joseph Poisson: Mes amis, vocês tous estão gravemente depéndants d´un sédatif chamado partis politiques. Vocês não são capazes de penser fora dos partis politiques? Uma autre chose: como a dit o meu compatriota Michel Cahen, tous les partis politiques du Mozambique sont de la droite, a única chose que querem é favorecer la bourgeoisie nationale. Então vocês tous estão inclinados para esse lado comme la limaille para o fer? Morbleu! Amitiés. Joseph
Para reflectir:
ResponderEliminarEste fim de semana conversei com
o Jardineiro que me assiste sobre o panorama politico actual designadamente sobre a circunscrição urbana do MDM. Segundo ele, a falta de expressão rural desta formação política resulta do facto de nunca ter participado num conflito armado que trouxesse feridas grandes ao povo. Que no campo só se reconhece como Partido a entidade que já fez mal às pessoas.