Outros elos pessoais

24 dezembro 2013

Questão

Suponhamos que no Bairro da Incógnita, algures numa cidade, habitam um mercador de escravos e um escravo. Têm ambos a mesma concepção de história?

2 comentários:

  1. Coloquei-me esta questão no contexto da Unidade Nacional muitas vezes apregoada quando se fala da redistribuição dos recursos do poder. Lembrei-me há dois ou três anos um jovem engenheiro natural de Nampula contar-me que abandonou o emprego numa empresa recentemente revertida porque já se faziam reuniões técnicas em shangane/ronga e ele se sentiu simplesmente a mais. Que o mesmo acontece nas mineradoras.
    Se formos ao Departamento de Geografia e cadastro ou aos recursos minerais vamos ver de onde provem a maior parte dos concessionários de autênticos latifúndios para exploração florestal e mineira.
    Há claramente uma hegemonia de uma região sobre o país e o discurso da unidade tenta encobrir essa indisfarçavel protuberância que se agiganta no nosso bairro da incógnita.
    Por lei, proponho, que o titular de um DUAT de a partir de 10 000 ha deva no mínimo ser residente neles. Para evitar que uma mesma pessoa vivendo no Zimpeto disponha de 7000 ha em Catuane, 12000 no Chibuto, 24000 no Barue, 18500 em Magoe, 1000 em Estima, 15000 em Pebane , 11000 em Palma mais 30000 no distrito do Lago.
    Esse só pode pensar numa perspectiva de mercador de escravos e o seu discurso sobre unidade nacional é uma melodia para adormecer o potencial escravo que é o Povo.

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  2. Sobre a questão, lembro-me de um conhecido meu numa conversa de café que dizia "eu conheço isto... de qualidade nada tem... eu já estive naquele país europeu, em outro, ainda mais em um outro país... aquilo sim tem qualidade"... Enfim, a visão dele sobre qualidade poderia estar ligada à sua concepção como 'mercador' ou 'escravo' pelos lugares onde ele 'habitou'.

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