Quadragésimo segundo e último número da série, com o objectivo de mostrar que à retaguarda do assassinato de um taxista moçambicano existem uma história, um sistema e um processo de estereotipagem, o que os ingénuos e os incautos frequentemente esquecem. O décimo segundo e último ponto do sumário proposto aqui, a saber: 12. Conclusões. São duas as conclusões desta série: 12.1. Os polícias que mataram o taxista moçambicano Mido Macie não são simples executores de uma acção arbitrária, ao sabor dos humores de momento, de uma malevolência ocasional que se esgotou no acto; 12.2. O assassinato de Macie é produto de uma história longa, feita de sistema excludente e de estereotipagem imperial, que não se des-apartheidizou por completo, de uma história que guarda ainda o aguilhão fatal da intolerância, de uma história que não carece de uma raça biológica para ter uma raça social de exclusão. O problema não tem a ver com os Sul-Africanos em si, mas com o molde de um sistema herdado.
Adenda 2 às 7:34 de 05/03/2013: ouvidos ontem pela estação televisiva STV, camionistas moçambicanos que escalam a África do Sul queixaram-se de constantes maus tratos por parte da polícia sul-africana. Eles não gostam dos Moçambicanos - eis o resumo das intervenções.
Adenda 3 às 00:54 de 11/03/2013: este acontecimento trágico é propício não só ao sensacionalismo baixo-preço de certa imprensa, das redes sociais e dos blogues do copia/cola, como, também - estudem as televisões locais -, aos jogos políticos em geral e a certos jogos eleitoralistas em particular.
Adenda 4 às 00:51 de 22/03/2013: um trabalho no Sowetan (obrigado ao FL pelo envio da referência), com o título abaixo:
Venham mais prof.
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