Trigésimo sexto número da série, com o objectivo de mostrar que à retaguarda do assassinato de um taxista moçambicano existem uma história, um sistema e um processo de estereotipagem. Termino o oitavo número do sumário proposto aqui, a saber: 8. A produção de estereótipos sobre a colónia braçal. Os Moçambicanos são, então, alvo desse complexo de pobre, complexo que leva pobres locais a descarregar nos pobres estrangeiros a sua raiva historicamente sedimentada. Esta raiva está acoplada a representações sociais negativas sobre os imigrantes em geral e sobre os Moçambicanos em particular, Moçambicanos que possuem uma tradição laboral na África do Sul de quase 200 anos. Permitam-me continuar mais tarde.
Adenda 2 às 7:34 de 05/03/2013: ouvidos ontem pela estação televisiva STV, camionistas moçambicanos que escalam a África do Sul queixaram-se de constantes maus tratos por parte da polícia sul-africana. Eles não gostam dos Moçambicanos - eis o resumo das intervenções.
Adenda 3 às 00:54 de 11/03/2013: este acontecimento trágico é propício não só ao sensacionalismo baixo-preço de certa imprensa, das redes sociais e dos blogues do copia/cola, como, também - estudem as televisões locais -, aos jogos políticos em geral e a certos jogos eleitoralistas em particular.
Adenda 4 às 00:51 de 22/03/2013: um trabalho no Sowetan (obrigado ao FL pelo envio da referência), com o título abaixo:
Em outros países acontece o mesmo, quando as dificuldades apertam cinto os locais procuram responsáveis estrangeiros.
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