A primeira posição é clássica, muito narcísica e consiste basicamente em eclipsar a história e a realidade em favor de uma unidade politicamente útil, destinada a manter os militantes coesos e afastados das fronteiras porosas da indecisão e, em última análise, da deserção. É a posição hostil à heterogeneidade, à contradição pública, é a posição do Mesmo que exclui o Outro.
A segunda, pelo contrário, defende que os partidos são produto de pessoas e grupos sociais diferentes e, por tal, são movimento, são mutáveis, são sensíveis às mudanças de visão e às lutas sociais. Os seus mentores defendem que dentro dos partidos podem existir várias linhas de pensamento que se confrontam, sendo a postura oficial produto de uma linha tornada hegemónica durante algum tempo. É a posição hostil à homogeneidade, franqueada à contradição pública, à posição de um Mesmo feito de Outros.
Eu acho que a segunda posição, se existe, é muito rara pois a regra é a primeira.
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