Adenda às 5:51: pedi à brasileira Rosália Diogo (que esteve recentemente em Moçambique, foto à esquerda) um comentário. Ei-lo: "A matéria veiculada pela Agência Brasil, no dia 21 de maio deste, informa que africanos se queixam da falta de oportunidades de bons empregos no Brasil, ainda que sejam bem qualificados. Eles alegam que a exigência para trabalhos de remuneração satisfatória tem uma subjetividade: a discriminação em relação a recursos humanos de origem latina, africana, haitiana, entre outras. O fato é que o mercado de trabalho no Brasil busca por mão-de-obra qualificada direcionada para europeus e sobretudo brancos, como bem aponta, no texto uma representante de parte dessa comunidade no Brasil, Carmen Victor da Silva. O fato é que o problema nesse caso ocorre em duas instâncias: o preconceiro em relação a africanos e em relação a pessoas negras. Passados 125 anos da abolição oficial da escravização de africanos e seus descendentes no Brasil, a estrutura societária ainda é mantida com vistas a desqualificar esses grupos sociais, em uma disputa que tende a colocar o europeu como o detentor da capacidade intelectual. Essa é, seguramente, mais uma batalha a ser vencida por nós, afro-brasileiros, que resistimos e combatemos o racismo em nosso país."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
13 junho 2013
Brasil: estereotipagem sobre africanos qualificados
Adenda às 5:51: pedi à brasileira Rosália Diogo (que esteve recentemente em Moçambique, foto à esquerda) um comentário. Ei-lo: "A matéria veiculada pela Agência Brasil, no dia 21 de maio deste, informa que africanos se queixam da falta de oportunidades de bons empregos no Brasil, ainda que sejam bem qualificados. Eles alegam que a exigência para trabalhos de remuneração satisfatória tem uma subjetividade: a discriminação em relação a recursos humanos de origem latina, africana, haitiana, entre outras. O fato é que o mercado de trabalho no Brasil busca por mão-de-obra qualificada direcionada para europeus e sobretudo brancos, como bem aponta, no texto uma representante de parte dessa comunidade no Brasil, Carmen Victor da Silva. O fato é que o problema nesse caso ocorre em duas instâncias: o preconceiro em relação a africanos e em relação a pessoas negras. Passados 125 anos da abolição oficial da escravização de africanos e seus descendentes no Brasil, a estrutura societária ainda é mantida com vistas a desqualificar esses grupos sociais, em uma disputa que tende a colocar o europeu como o detentor da capacidade intelectual. Essa é, seguramente, mais uma batalha a ser vencida por nós, afro-brasileiros, que resistimos e combatemos o racismo em nosso país."
1 comentário:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Uma pouca vergonha.
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