Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
▼
▼
19 maio 2013
A festa
Através da estação televisiva STV no seu noticiário das 20 horas, soube que a partir de amanhã deverá acontecer a greve dos médicos anunciada pela Associação Médica de Moçambique (AMM). A estação mostrou imagens de um documento a ser assinado pelo presidente da AMM e por alguém que julgo ser o presidente da Comissão dos Profissionais de Saúde Unidos. Mas isso não foi para mim o mais importante: o mais importante foi ver profissionais de saúde, creio que enfermeiros e pessoal auxiliar, a dançar e a cantar com imensa alegria, como se numa festa estivessem, à retaguarda dos assinantes do documento. Observação: seja qual for o contexto cultural, sejam quais forem as exigências, sejam quais forem as razões, dói ver pessoas dotar a festa de um estatuto privilegiado e único para anunciar uma greve - afinal uma abstenção - face à doença e à dor nos hospitais públicos do país. Observação 2 às 21:19: no noticiário aqui em causa, da STV, o médico Jorge Fernandes de Quelimane, afirmou que nessa cidade também seria observada a greve. Acrescentou que poderão ser afectados não os que têm condições para se tratarem na África do Sul, mas os outros, os que não têm. Este é, sem dúvida, um ponto para reflexão.
A Primavera Arabe começou com menos, muito menos. É mais que tempo de o Governo perceber que está a governar um país com pessoas e não um pavilhão de frangos...que não pensam. Então em Janeiro o Governo negoceou e concordou em a)b)e c) com a AMM mas na pratica impos a')b')e c'. Sem explicações de nenhuma natureza. Ora, isto não lembra a nenhum ente sério que tenha beneficiado de alguma educação. É condenável que, outra vez num mesmo ano, as pessoas náo tenham assistência médica mas na minha opinião a culpa é toda das hierarquias governamentais em vigor pois não mantendo a palavra que selaram com um grupo de governados mostram em que conta têm eles o Povo. Sou pelo fim imediato da greve e a formula está nas mãos do Governo. e a solução mais sustentável até pode passar por baixar os salários da função pública. Mas que se faça para todos! Isto de um Governo afirmar que o servente do banco tem de ter um salario acima dos 6000, o de gas 4 o da agricultura 2 o da saude 3,5 e o das alfandegas 10 não lembra sensatez.
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
A Primavera Arabe começou com menos, muito menos. É mais que tempo de o Governo perceber que está a governar um país com pessoas e não um pavilhão de frangos...que não pensam. Então em Janeiro o Governo negoceou e concordou em a)b)e c) com a AMM mas na pratica impos a')b')e c'. Sem explicações de nenhuma natureza. Ora, isto não lembra a nenhum ente sério que tenha beneficiado de alguma educação.
ResponderEliminarÉ condenável que, outra vez num mesmo ano, as pessoas náo tenham assistência médica mas na minha opinião a culpa é toda das hierarquias governamentais em vigor pois não mantendo a palavra que selaram com um grupo de governados mostram em que conta têm eles o Povo.
Sou pelo fim imediato da greve e a formula está nas mãos do Governo. e a solução mais sustentável até pode passar por baixar os salários da função pública. Mas que se faça para todos! Isto de um Governo afirmar que o servente do banco tem de ter um salario acima dos 6000, o de gas 4 o da agricultura 2 o da saude 3,5 e o das alfandegas 10 não lembra sensatez.