Outros elos pessoais

31 maio 2013

Negócios em Moçambique

Leia os cabeçalhos das mais recentes notícias do mundo de negócios em Moçambique aqui.

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Uma viagem ao distrito de Mulevala (Zambézia) (5)
Séries pessoais: Da purificação das fileiras à purificação das ideias (3); Luta política: a Pasárgada da Renamo (8); O popular Facebook de pedais em Quelimane (9); Qual a cor de Cécile Kyenge Kashetu? (11); Alice no País da Sociedade Civil (4); A cova não está em Muxúnguè (17); O aguilhão da história (sobre o assassinato do taxista moçambicano) (33); Por que os médicos venceram? (21); Vídeosocial de Maputo (4); A raça das raças (6); Desunidos e unidos (5); O poder de nomear desviantes e vândalos (12); Sobre o 15 de Novembro (18); Produção de pobreza teórica (8); O discurso da identidade nacional (8); Como suster os linchamentos? (16); O que é um intelectual? (13); Democracia formal e prescrição hipnótica (8); Análise da análise (18); Morte dos blogues moçambicanos? (50); A carne dos outros (21); A difícil fórmula da distribuição de consensos (49); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (14); Modos de navegação social (21); Ditos (60); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (98)

Luta política: a Pasárgada da Renamo (7)

Sétimo número da série. Prossigo no primeiro ponto de um sumário proposto aqui(1) A polifonia da guerrilha e o boicote eleitoral. Escrevi no número anterior que a guerrilha é poliforma e pode ser usada fora do campo de batalha estritamente considerado. O que pretendo dizer? Pretendo dizer que há lutas guerrilheiras fora do campo de batalha, com um sentido mais imediatamente político do que o expresso num campo de batalha. É possível considerar os seguintes quatro exemplos do que a Renamo chama "acção de pressão": 1. Ameaça de retorno à guerra, 2. Ameaça de boicote eleitoral ou boicote eleitoral consumado, 3. Boicote a decisões na Assembleia da República, 4. Pressão multifacetada sobre o (s) adversário (s) para obter acordos privados e bonificados.
(continua)

Ditos (59)

Quinquagésimo nono dito. A juventude, os jovens: formas politicamente convenientes  de considerar a juventude como uma entidade indivisa, sem fissuras sociais.
(continua)

Morte dos blogues moçambicanos? (49)

Quadragésimo nono número da série, com sumário proposto aqui. Prossigo no ponto 6. Razões da morte. Permaneço no primeiro ponto do sumário proposto aqui, a saber: 1. Mediocridade temática. Os dados que apresentei no número anterior mostram a dificuldade de sobrevivência de blogues num país como o nosso onde apenas entre quatro e quatro e meio por cento da população é suposta ter acesso à internet. Naturalmente que se tivermos em conta a amplitude planetária, a situação piora consideravelmente por sermos, talvez, apenas um milésimo de um grão de areia. Prossigo mais tarde. Imagem reproduzida daqui.
(continua)
Adenda: Virtualização do quotidiano: bloguismo em Moçambique - um pequeno texto pioneiro de Teles Huo divulgado neste diário em 2006, confira aqui.
Adenda 2 às 5:56 de 17/12/2012: estude o estado da blogosfera em 2011 em trabalho da Technorati, aqui e aqui.
Adenda 3 às 7:31 de 28/04/2013: Sou blogueiro. Gero conteúdo ou faço copy/paste?, aqui.
Adenda 4 às 7:33 DE 28/04/2013RT, CTRL+C CTRL+V, EMBED, FWD ou WRITE, REC, CLICK?, aqui.

O popular Facebook de pedais em Quelimane (8)

Oitavo número da série. Ponte diária entre a cidade do macubar e a cidade do cimento, o bicicleteiro de Quelimane é o táxi dos mais pobres. Mais decisivo ainda: o bicicleteiro é um difusor de mensagens. Escrevi no número anterior que ele era um difusor de mensagens em quatro sentidos. Quais sentidos? Os seguintes: 1. Como taxista comunicador, 2. Como taxista da classe dos bicicleteiros, 3. Como habitante da cidade do macubar e 4. Como veículo político. Cruzados, esses sentidos moldam um grupo social de imenso poder na cidade de Quelimane. Se não se importam, prossigo mais tarde. Foto reproduzida daqui.
(continua)

O aguilhão da história (sobre o assassinato do taxista moçambicano) (32)

"(...) a nossa preocupação no que se refere aos moçambicanos na África do Sul tem a ver com a extrema violência com eles tem sido tratados quando cometem crimes. Isto aconteceu agora, foi um caso excepcional, admitamos, mas também temos tido conhecimento de que os caçadores furtivos normalmente são mortos." - ministro Oldemiro Baloi
Trigésimo segundo número da série. Prossigo no oitavo número do sumário proposto aqui, a saber: 8. A produção de estereótipos sobre a colónia braçal. Referi-vos no número anterior que surgiram ataques xenófobos na África do Sul, designadamente em bairros situados a norte e a sul de Joanesburgo, onde vivem muitos Moçambicanos. Julgo ser oportuno dar-vos a conhecer um extracto de um trabalho sobre o fenómeno: "O Fórum de Negócios do Grande Gauteng - província do nordeste do país da qual é capital Johanesburgo - pediu aos comerciantes estrangeiros que “saiam dali”, e acusou-os de estarem a “destruir os negócios locais”. Os ataques a imigrantes e negócios geridos por estrangeiros são frequentes nos bairros negros pobres da África do Sul. Os residentes locais acusam os estrangeiros de não contratar sul-africanos e de prejudicar os seus negócios com a abertura de lojas ilegais." Permitam-me regressar mais tarde.
(continua)
Adenda: o vídeo a seguir contém imagens chocantes, aqui.
Adenda 2 às 7:34 de 05/03/2013: ouvidos ontem pela estação televisiva STV, camionistas moçambicanos que escalam a África do Sul queixaram-se de constantes maus tratos por parte da polícia sul-africana. Eles não gostam dos Moçambicanos - eis o resumo das intervenções.
Adenda 3 às 00:54 de 11/03/2013: este acontecimento trágico é propício não só ao sensacionalismo baixo-preço de certa imprensa, das redes sociais e dos blogues do copia/cola, como, também - estudem as televisões locais -, aos jogos políticos em geral e a certos jogos eleitoralistas em particular.
Adenda 4 às 00:51 de 22/03/2013: um trabalho no Sowetan (obrigado ao FL pelo envio da referência), com o título abaixo:

Os curandeiros da verdade de praça

Espantosos são os poderes mediúnicos de certos analistas da terra - terra amada querem uns, desamada contrapõem outros - que, em várias vertentes de comunicação, física e digital, oral e escritamente, curta e longamente, nos brindam com uma sabedoria sem limites da qual até os deuses globalizados têm inveja. Sabem o que se passou e o que vai passar-se sem necessidade de usar quer o tradicional sangue de galinha quer a pesquisa clássica, definem a quem pertence o futuro e o passado da história política do país, são inamovíveis sobre quem está com a verdade e com a falsidade, com a bondade e com a maldade. Esses curandeiros da verdade de praça que odeiam hipóteses, esses auto-deuses moralistas de paróquia, esses áugures de geração espontânea são decididamente fascinantes.

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Uma viagem ao distrito de Mulevala (Zambézia) (5)
Séries pessoais: Da purificação das fileiras à purificação das ideias (3); Luta política: a Pasárgada da Renamo (7); O popular Facebook de pedais em Quelimane (8); Qual a cor de Cécile Kyenge Kashetu? (11); Alice no País da Sociedade Civil (4); A cova não está em Muxúnguè (17); O aguilhão da história (sobre o assassinato do taxista moçambicano) (32); Por que os médicos venceram? (21); Vídeosocial de Maputo (4); A raça das raças (6); Desunidos e unidos (5); O poder de nomear desviantes e vândalos (12); Sobre o 15 de Novembro (18); Produção de pobreza teórica (8); O discurso da identidade nacional (8); Como suster os linchamentos? (16); O que é um intelectual? (13); Democracia formal e prescrição hipnótica (8); Análise da análise (18); Morte dos blogues moçambicanos? (49); A carne dos outros (21); A difícil fórmula da distribuição de consensos (49); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (14); Modos de navegação social (21); Ditos (59); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (98)

Médicos e CNE: possibilidade de dois acordos

Segundo o "mediaFAX" de hoje, "O Governo e a Associação Médica de Moçambique  (...) poderão chegar ainda dentro desta semana a um acordo para pôr fim a duas semanas de greve que remeteram o serviço público de saúde, apenas a serviços mínimos, indicam informações de fontes próximas ao processo." Por outro lado, de acodo com o jornal-fax "Correio da manhã" de hoje,"Governo poderá ceder à reivindicação da Renamo sobre a paridade de membros na composição da Comissão Nacional de Eleições (CNE), gesto a ser formalizado em Agosto próximo durante uma sessão extraordinária do Parlamento, dominado pelo partido Frelimo, que governa Moçambique desde 1975."

Sugestão

Com 280 páginas, o livro com a capa em epígrafe está à venda nas livrarias da cidade de Maputo por 250 meticais. O prefácio do antropólogo Paulo Granjo é conferível aqui e a apresentação feita pelo escritor Ungulani Ba Ka Khosa no dia 13 de Junho do ano passado está aqui. Amplie a imagem clicando sobre ela com o lado esquerdo do rato.

Liderança africana: uma crítica

De um trabalho de Patrick Katagata: "Após 50 anos de União Africana e Independência, e 13 anos no século 21, qual é o futuro da Liderança Africana? A liderança continua sendo um desafio em África. Alvin Toffler disse certa vez: "Os analfabetos do século 21 não serão aqueles que não sabem ler e escrever, mas aqueles que não conseguem aprender, desaprender e reaprender." Aqui.

Uma viagem ao distrito de Mulevala (Zambézia) (4)

Quarto número de uma série fotográfica dedicada ao distrito de Mulevala, antigo posto administrativo do distrito do Ile, província da Zambézia, da autoria de Carlos Serra Jr, na qual, como em séries anteriores, desfilam imagens do microsocial e da paisagem local.  A última série do autor versou sobre Mágoè/Zumbo. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.
(continua)

29 maio 2013

No "Correio da manhã" 4086 de hoje

Adenda: sugiro continuem a seguir a minha série intitulada Luta política: a Pasárgada da Renamo, aqui.

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Uma viagem ao distrito de Mulevala (Zambézia) (4)
Séries pessoais: Da purificação das fileiras à purificação das ideias (3); Luta política: a Pasárgada da Renamo (7); O popular Facebook de pedais em Quelimane (8); Qual a cor de Cécile Kyenge Kashetu? (11); Alice no País da Sociedade Civil (4); A cova não está em Muxúnguè (17); O aguilhão da história (sobre o assassinato do taxista moçambicano) (32); Por que os médicos venceram? (21); Vídeosocial de Maputo (4); A raça das raças (6); Desunidos e unidos (5); O poder de nomear desviantes e vândalos (12); Sobre o 15 de Novembro (18); Produção de pobreza teórica (8); O discurso da identidade nacional (8); Como suster os linchamentos? (16); O que é um intelectual? (13); Democracia formal e prescrição hipnótica (8); Análise da análise (18); Morte dos blogues moçambicanos? (49); A carne dos outros (21); A difícil fórmula da distribuição de consensos (49); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (14); Modos de navegação social (21); Ditos (59); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (98)

Da purificação das fileiras à purificação das ideias (2)

Segundo número da série. O que está aqui em causa não é a purificação da polícia exigida pelos antigos combatentes da libertação nacional sediados na Gorongosa, mas a purificação das ideias. O que significa purificar ideias? Neste modesto canto, significa torná-las potáveis, possíveis de consumo. É por esse lado que tenho a intenção de vos dar conta de algumas figuras da alteridade do nosso país, figuras questionantes, figuras inquietadas e inquietadoras.
(continua)

A história repete-se duas vezes (3)

Terceiro e último número desta curta série. "Hegel observa algures que todos os grandes eventos e personagens históricos repetem-se por assim dizer duas vezes. Esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa. " - passagem de um livro de Marx escrito no século XIX a propósito da história francesa, mas que, acredito, tem um valor universal - Marx, Karl, Le 18 Brumaire de Louis Bonaparte. Paris: Éditions Sociales, 1969, p. 15.
(fim)

Qual a cor de Cécile Kyenge Kashetu? (10)

Décimo número da série, com a foto em epígrafe reproduzida daqui. Permaneço no segundo ponto do sumário proposto aqui. 2. Os quatro andamentos da racialização do social. Escrevi no número anterior que no terceiro andamento passa-se da desqualificação à ameaça e à agressão. Finalmente, no quatro andamento xenófobo, o mais trágico, procura-se pura e simplesmente aniquilar aqueles que são considerados inimigos. Prossigo mais tarde.
Em epígrafe, a médica Cécile Kashetu ajudando um doente, foto reproduzida com a devida vénia da sua página no facebook, aqui. Abaixo, uma curta mensagem deixada nessa página a 05/05/2013.
Adenda: tenho escrito bastante sobre racismo neste diário. Sugiro recordem, por exemplo,  a série com o título A raça das raças, ainda em curso, aqui; e estoutra, já terminada, com o título De que raça é a tua cor?, aqui.
(continua)

Um tema

O que é exclusão social? - eis a pergunta-título do segundo livro da coleção "Cadernos de Ciências Sociais", da Escolar Editora, no prelo, com dois autores moçambicanos e um brasileiro. Entretanto, podeis adquirir o primeiro livro, com a capa logo abaixo, à venda em Maputo por 290 meticais, com os seguintes autores: Carmeliza Rosário (Moçambique), Paulo Granjo (Portugal) e Michel Cahen (França). Amplie a imagem clicando sobre ela com o lado esquerdo do rato.
Novos números da coleção estão a ser preparados, versando sobre filosofia africana, cartum, saúde mental e literatura, com contribuições de autores de Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, Itália e Brasil.

Preguiça sem rosto e pátria

Os últimos 30/40 anos estão cheios de estudos científicos sobre a diferença cultural e sobre o respeito devido a isso. A antropologia de sinal negativo dos séculos anteriores deu origem à antropologia de sinal positivo. Por outras palavras: o Outro merece respeito e é um interlocutor tão válido quanto nós, merecedor de diálogo intercultural. A ideologia programadora de consciências do modo capitalista de produção apoia todas as campanhas que defendam horizontalmente o Outro desde que a produção vertical das diferenças sociais se mantenha assim disfarçada e a pobreza que mundialmente cresce seja apenas encarada como um acidente cultural de percurso debitado à preguiça sem rosto e pátria.

28 maio 2013

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Uma viagem ao distrito de Mulevala (Zambézia) (4)
Séries pessoais: Da purificação das fileiras à purificação das ideias (2); A história repete-se duas vezes (3); Luta política: a Pasárgada da Renamo (7); O popular Facebook de pedais em Quelimane (8); Qual a cor de Cécile Kyenge Kashetu? (10); Alice no País da Sociedade Civil (4); A cova não está em Muxúnguè (17); O aguilhão da história (sobre o assassinato do taxista moçambicano) (32); Por que os médicos venceram? (21); Vídeosocial de Maputo (4); A raça das raças (6); Desunidos e unidos (5); O poder de nomear desviantes e vândalos (12); Sobre o 15 de Novembro (18); Produção de pobreza teórica (8); O discurso da identidade nacional (8); Como suster os linchamentos? (16); O que é um intelectual? (13); Democracia formal e prescrição hipnótica (8); Análise da análise (18); Morte dos blogues moçambicanos? (49); A carne dos outros (21); A difícil fórmula da distribuição de consensos (49); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (14); Modos de navegação social (21); Ditos (59); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (98)

O aguilhão da história (sobre o assassinato do taxista moçambicano) (31)

"(...) a nossa preocupação no que se refere aos moçambicanos na África do Sul tem a ver com a extrema violência com eles tem sido tratados quando cometem crimes. Isto aconteceu agora, foi um caso excepcional, admitamos, mas também temos tido conhecimento de que os caçadores furtivos normalmente são mortos." - ministro Oldemiro Baloi
Trigésimo primeiro número da série. Prossigo no oitavo número do sumário proposto aqui, a saber: 8. A produção de estereótipos sobre a colónia braçal. Escrevi no número anterior que o bode expiatório se constitui nas representações populares como a saída, como a cura, como a solução para os problemas sociais que começam a ser sentidos por uma determinada comunidade num determinado período. Que problemas? Por exemplo, do tipo surgido no passado fim-de-semana em duas localidades situadas a 40 quilómetros de Joanesburgo, com casas de estrangeiros atacadas e pilhadas por sul-africanos. Estracto de uma notícia: "Os assaltos, que lembram a xenofobia de 2008, tem como causa uma alegada competição desenfreada por recursos, nomeadamente a aquisição de casas (da RDP) construídas pelo governo sul-africano para as comunidades desfavorecidas e desenvolvimento de negócios naquelas áreas." Voltarei ao tema dos recursos mais tarde.
(continua)
Adenda: o vídeo a seguir contém imagens chocantes, aqui.
Adenda 2 às 7:34 de 05/03/2013: ouvidos ontem pela estação televisiva STV, camionistas moçambicanos que escalam a África do Sul queixaram-se de constantes maus tratos por parte da polícia sul-africana. Eles não gostam dos Moçambicanos - eis o resumo das intervenções.
Adenda 3 às 00:54 de 11/03/2013: este acontecimento trágico é propício não só ao sensacionalismo baixo-preço de certa imprensa, das redes sociais e dos blogues do copia/cola, como, também - estudem as televisões locais -, aos jogos políticos em geral e a certos jogos eleitoralistas em particular.
Adenda 4 às 00:51 de 22/03/2013: um trabalho no Sowetan (obrigado ao FL pelo envio da referência), com o título abaixo:

A história repete-se duas vezes (2)

Segundo e penúltimo número da série. Escrevi no número anterior que na luta de libertação nacional no nosso país círculos coloniais tentaram mostrar que a Frelimo era uma marionete sem ideias próprias, movida pelos cordéis manipulados por tenebrosas potências estrangeiras, especialmente comunistas. Hoje, independentes, confrontados com novas gerações críticas, com novas formas de pensar a vida e o futuro, com jovens intelectuais audazes exteriores às categorias analíticas do passado, certos círculos nacionais defendem a tese de que tudo isso é unicamente produto de mãos externas e, em última análise, de tenebrosos interesses estrangeiros. Por outras palavras: uma vez mais pretende-se retirar aos Moçambicanos o direito ao pensamento autónomo.
(continua)

Uma viagem ao distrito de Mulevala (Zambézia) (3)

Terceiro número de uma série fotográfica dedicada ao distrito de Mulevala, antigo posto administrativo do distrito do Ile, província da Zambézia, da autoria de Carlos Serra Jr, na qual, como em séries anteriores, desfilam imagens do microsocial e da paisagem local.  A última série do autor versou sobre Mágoè/Zumbo. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.
(continua)

A cova não está em Muxúnguè (16)

Décimo sexto número da série, tendo como guia a Paz de Aristófanes, nesta série aqui e aqui, com base neste sumário. Prossigo no primeiro número: 3. Um pouco da história das géneses, entrando no terceiro nível proposto aqui, a saber: 3.2. Concepção da luta prolongada ao mesmo tempo nacional e social. Escrevi no número anterior que a Frelimo não se limitou a organizar um exército de guerrilha. Na verdade, dotou esse exército de uma componente política permanente. Esta componente determinou a condução da luta a dois níveis: nacional e social. O que pretendo dizer? Com a vossa permissão, prossigo mais tarde.
(continua)
Adenda às 6:49: distribuição - melhor dito, redistribuição - de recursos de poder, eis um tema frequente nas análises políticas que faço neste diário. Entretanto, leia este trabalho da "Rádio Moçambique" aqui.
Adenda 2 às 12:26: sobre o nosso país e a propósito do que se passou em Muxúnguè, importe um trabalho com o título "Recursos naturais e um desafio à ordem política estabelecida", no Stratfor, Global Intelligence, aqui. Agradeço ao RC o envio da referência.

O popular Facebook de pedais em Quelimane (7)

Sétimo número da série. Ponte diária entre a cidade do macubar e a cidade do cimento, o bicicleteiro de Quelimane é o táxi dos mais pobres. Mais decisivo ainda: o bicicleteiro é um difusor de mensagens. Difusor de mensagens? Sim, difusor de mensagens em quatro sentidos. Quais sentidos? Se não se importam, prossigo mais tarde. Foto reproduzida daqui.
(continua)

Morte dos blogues moçambicanos? (48)

Quadragésimo oitavo número da série, com sumário proposto aqui. Prossigo no ponto 6. Razões da morte. Permitam-me entrar no primeiro ponto do sumário proposto no número anterior, a saber: 1. Mediocridade temática. Uma pequena introdução: provavelmente existem mais de 200 milhões de blogues no mundo e provavelmente, também, surgem mais de 120 mil blogues todos os dias. Há milhões de blogues em português e talvez sejam produzidos dois milhões de postagens diárias. AquiProssigo mais tarde. Imagem reproduzida daqui.
(continua)
Adenda: Virtualização do quotidiano: bloguismo em Moçambique - um pequeno texto pioneiro de Teles Huo divulgado neste diário em 2006, confira aqui.
Adenda 2 às 5:56 de 17/12/2012: estude o estado da blogosfera em 2011 em trabalho da Technorati, aqui e aqui.
Adenda 3 às 7:31 de 28/04/2013: Sou blogueiro. Gero conteúdo ou faço copy/paste?, aqui.
Adenda 4 às 7:33 DE 28/04/2013RT, CTRL+C CTRL+V, EMBED, FWD ou WRITE, REC, CLICK?, aqui.

27 maio 2013

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Uma viagem ao distrito de Mulevala (Zambézia) (3)
Séries pessoais: Da purificação das fileiras à purificação das ideias (2); A história repete-se duas vezes (2); Luta política: a Pasárgada da Renamo (7); O popular Facebook de pedais em Quelimane (7); Qual a cor de Cécile Kyenge Kashetu? (10); Alice no País da Sociedade Civil (4); A cova não está em Muxúnguè (16); O aguilhão da história (sobre o assassinato do taxista moçambicano) (31); Por que os médicos venceram? (21); Vídeosocial de Maputo (4); A raça das raças (6); Desunidos e unidos (5); O poder de nomear desviantes e vândalos (12); Sobre o 15 de Novembro (18); Produção de pobreza teórica (8); O discurso da identidade nacional (8); Como suster os linchamentos? (16); O que é um intelectual? (13); Democracia formal e prescrição hipnótica (8); Análise da análise (18); Morte dos blogues moçambicanos? (48); A carne dos outros (21); A difícil fórmula da distribuição de consensos (49); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (14); Modos de navegação social (21); Ditos (59); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (98)