Há dias, citado pela "Rádio Moçambique", o primeiro-ministro Alberto Vaquina disse o seguinte na Assembleia da República: "Só o Estado tem direito de usar a força para restabelecer a legalidade e a ordem pública, caso sejam violadas."
O sucedido em Muxúnguè revela que a Renamo disputa ao Estado o monopólio do uso legítimo da força física, importante recurso de poder. A esse nível, provavelmente deseja que as suas bases na Gorongosa sejam consideradas quartéis-generais de direito.
Por hipótese, temos a aspiração renamiana a um Estado bicéfalo - um Estado à Jano -, num momento em que se disputa o controlo de um outro importante recurso de poder, a Comissão Nacional de Eleições.
Já agora também não podemos ficar reféns de acordos privados cujos termos nunca chega ao nosso conhecimento.
ResponderEliminarComo se permite haver dois exércitos num mesmo país?
ResponderEliminarO "uso legítimo" da força tem muito de ilegítimo. Quem assegura a legitimidade quando a polícia carrega sobre manifestantes?
ResponderEliminarO poder da palavra nalgum momento é usado por instinto e não pela razão, daí que temos a cada dia que passa discurso que não abonam alguns actores da nossa sociedade...
ResponderEliminarVolvidos 20 anos talvez devessemos abrir o AGP para começarmos a perceber aquilo que aos olhos do comum mortal parece anormal.
ResponderEliminarPois se a luz da Constituição cabe ao Estado manter a ordem, o que impede o Estado de manter a ordem? A incompetencia da propria Constituiçcao face ao AGP? O AGP foi consensual por aposição das assinaturas das partes. Te-lo-a sido a Constituição? Ou o imperialismo da maioria suplantou a necessidade de consenso?