Adenda: recorde postagens neste diário de 2008 aqui e aqui, de 2009 aqui.
Adenda 2 às 20:38: a política formal contra a real, aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Problema com espinhos do género do Zimbabwe.
ResponderEliminarPelo menos a CNE do Quénia tem voz. A pobre da nossa...
ResponderEliminarO que e certo. Estavam em disputa duas visoes e duas filosofias diferentes de governacao do Quenia:
ResponderEliminarA primeira, de Kenyatta, e pela continuidade dos Kikuyu no poder e tambem, da KANU (versao local da FRELIMO). Nao goza de grandes simpatias no ocidente, mas ja as tem a nivel regional, onde o Kenya desempenha um papel chave nas trocas comerciais entre estados. Em suma, esta e uma visao mais "africana" do poder no Quenia.
A segunda, de Odinga, representa o futuro, que passa pela ascensao dos Luo ao poder, a medida que o pipeline do sul do Sudao passar por territorio destes e tambem pelo Uganda, onde Odinga tem tambem raizes. Este e o candidato dos americanos e sobretudo, das multinacionais extractivas do sul do Sudao.
A isto tudo, devemos juntar uma convocacao ao TPI pelo actual presidente eleito e o seu vice. Enquanto que Odinga, que tambem promoveu violencia inaudita, ficou ilibado. E foi a partir destes pesos e medidas, que o eleitorado, muito possivelmente, deixou de acreditar em Odinga, que ate liderava destacado as sondagens pre-eleitorais.
Quem conhece os quenianos, sabe que o factor etnico e mais decisivo do que o politico para ser eleito. E neste particular, os Kikuyu sao a etnia maioritaria. E mais, em tempos recentes, as suas divergencias com os Luo foram exacerbadas e mediaticamente manipuladas nesta campanha eleitoral. E se isto se juntar a insinuacao de somente Kenyatta esta sendo convocado a Haia, porque Odinga e o preferido dos americanos, entao ai, esta explicado o resultado final.
Porque para alem da questao etnica, temos a questao patriotica, onde por certo, os indecisos e destribalizados, optaram por aquele que lhes pareceu menos neo-colonizado. Neste caso, Kenyatta.
Mas ainda e preciso investigar o estranho "apagao" informatico...