Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
01 dezembro 2012
"Um nacionalismo sem raças nem fronteiras"
4 comentários:
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De um modo geral, a ideologia marxista sempre tentou passar por cima das diferenças. Pese embora, este fosse um debate permanente longe dos olhares da multidão.
ResponderEliminarPor outro lado, ficaria difícil à elite sulista da FRELIMO poder congregar outras nos seu seio, se não fosse pelo discurso da unidade, sobretudo estando em terreno alheio.
Esse discurso, para mim, tornou-se agora superficial e serve mais do que nunca para marketing político. Não obstante, a partidocracia tenta, por vezes, disfarçar este corte com o passado machelista.
Sem dúvida que terá havido algum momento desse tipo de nacionalismo. Mas sumiu. O que afinal fica é o nacionalismo "originário".
ResponderEliminarUm discurso em tudo divorciado da realidade. Em que nem a própria Frelimo, na sua esmagadora maioria, acreditava. Nem sequer o corpo de Samora Machel havia arrefecido e das entranhas do seu partido surgia um manifesto a desacreditar a tese da ‘nova era’. (vd http://www.politique-africaine.com/numeros/pdf/029115.pdf)
ResponderEliminarTal como alegada matança da tribo, o anti-racismo era uma ficção: no fim, teria de haver sempre alguém a deter o poder, e no caso concreto da Frelimo e do seu regime, tratava-se de gente que se considerava legítima herdeira da resistência secular ao colonialismo; uma resistência circunscrita a Gaza, ela própria nascida de um outro colonialismo (nguni) e ornamentada com todos os rituais a ele subjacentes e que perduram até aos dias de hoje.
Um movimento anti-racial? Todos sabemos que no léxico Frelimo o anti-racismo obedecia a parâmetros bem definidos. Desde que os de tonalidades de pele mais claras aceitassem o projecto totalitário tinham a entrada franqueada no clube da nova elite (‘os melhores filhos do povo’), e os demais vilipendiados na comunicação social para assim se justificar a negação do seu estatuto de moçambicanos.
O autor acha que a Frelimo pós X Congresso continua tão 'daltônica' quanto queria dar a entender aos jornalistas do apartheid (?) em 1974?
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