Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
16 setembro 2012
Morte dos blogues moçambicanos? (19)
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Com muita facilidade são identificáveis.
ResponderEliminarAlgumas Questoes. Mas, o que e um "blogue puro" no contexto mocambicano? E aquele onde lemos reaccoes dos mesmos comentadores? Por outro lado, o anonimato nao e uma invencao mocambicana, sempre acompanhou o Homem ao logo da sua evolucao. Inclusive em sociedades, hoje, muito mais abertas que a mocambicana. Sendo inclusivamente, esses textos estudados com acuidade e dando origem a muitas tertulias de pensadores, intelectuais ou ate de maconicos. Nao estarao aqueles que se preocupam tanto agora com o ciberanonimato (ao ponto de parecem tao afoitos como o sr. AEG) a contradizerem-se?
ResponderEliminarPois, se por um lado, pugnam por discussao aberta, por aposicao de ideias/conceitos de forma a produzir-se um discurso intelectual elaborado que faca evoluir a sociedade, por outro, parecem estar e mais preocupados em saber quem e/ou sao os autores das ideias diferentes das suas, para lhes aplicar o filtro ideologico que lhes decida responder ou nao.
Ou seja, preocupam-se afinal, sempre com o ROTULO e nao o CONTEUDO. Sendo assim, comportam-se tambem como anonimos, visto que o seu proposito inicial se torna meramente inquisitorio, sobretudo para quem ate entao, ate estava habituado a le-los a com elevacao intelectual. O que, naturalmente, muito contribuira para o amplo desinteresse publico que gradativamente terao por parte destes.
Ja no Facebook, por comparacao, ha um espaco livre, ainda que caotico, mas onde so la vai quem tiver o que dizer e como defender o que diz. E do mesmo modo, quem la for, tao depressa podera de la sair sem se fazer notar. Em suma, nao ha rotulos, nem conteudos. Ha pensamentos e escrita de diferentes matizes. Sendo responsabilidade de cada um dar um sentido ao que le. Sempre que aconteceu alguem optar por apor ideias cuja pretensao fossem os rotulos e nao o conteudo, so lhe restou duas opcoes. Ou o abandono voluntario ou o compulsivo do forum de discussao.
Um Facto:
As redes sociais incomodam hoje e muito, regimes fechados ou opressivos, habituados a filtrarem a discussao publica e intelectual. E isso, manifesta-se de muitas maneiras, inclusive pela pena de alguns, com contra-anonimato, mas tambem com analises supostamente sociais do anonimato, que nao tem outro objectivo no final do dia, senao defender o tal poder que dizem severamente criticar, que poderiam, sem esforco algum, serem chamadas de pensamentos "zombie" perdidos no pantanal de teorias estanques com lugar cativo nas editoras. Pese embora ninguem nunca as veja reflectidas no quotidiano, que e onde vivem as pessoas de carne e osso.
Caso para perguntar, seriam eles menos anonimos se nao tivessem este maranhal social como instrumento de trabalho?
Cada um põe a carapuça que deseja.
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