Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
03 setembro 2012
Morte dos blogues moçambicanos? (14)
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Mas ha um aspecto que nao focou e que muito contribui para que o discurso seja cada vez mais anonimo. E a rotulagem e o julgamento "ad hominem". Posso afirma-lo, categoricamente, que 80% dos leitores mocambicanos que nos leem afinam por esse diapasao, que consiste associar as ideias individuais ao rotulo do pensamento dominante ou nao dominante. Por exemplo, o sr. Professor, nao obstante a V. clareza dialectica e rigor cientifico que nos brinda aqui quotidianamente, sera para eles um frelimista possivelmente, descontente com Guebuza, por alguma coisa que nao quiseram ouvir. Outros leitores, como o Viriato Dias, que aqui nao mais apareceu, seria por exemplo, um frelimista, disfarcado, descontente por nao ter recebido uma bolsa de estudos ou um cargo no Ministerio da Educacao. O UmBhalane, tambem desaparecido, seria um renamista convicto, porque daqui teve de sair as pressas em 1979. O sr. Langa, que aqui posta, seria tambem um frelimista descontente por nao gozar mais os privilegios que a outra Frelimo esquerdista lhe concedia. E por ai em diante. E cada vez mais raro admitir, que as pessoas desejam simplesmentes exercer e defender o direito a opiniao e a liberdade de expressao, que nunca estiveram tao ameacadas como agora. E e realmente frustrante, para o Regio Conrado, por exemplo, ir defender o comunismo (ponto de vista que nos separa ideologicamente) no grupo de discussao para onde o convidei nas redes sociais, porque seria simplesmente crucificado com insultos e rotulos completamente vexatorios. Por essa razao, muitos, preferem o recato das palavras ou das identidades.
ResponderEliminarAlias, ocorreu-me agora lembrar-me do cartoonista brasileiro Pericles, que inventou o personagem "Amigo da Onca" que foi (e ainda e) um sucesso espantoso nos PALOP. Um belo dia, no auge da fama, fechou-se num quarto abriu uma botija de gas e suicidou-se, nao sem antes escrever na porta do seu apartamento: " Por favor, nao risque fosforos proximo desta porta!".
Era tao conhecido pelos jornais. Tao publico pelos quadradinhos de humor. Mas tao so. E tao anonimo perante os amigos, vizinhos e colegas de trabalho.
De que e que lhe valeu a fama, sr. Professor?!
Os conservadores de raiz sempre gostam de pensar que os outros são uns invejosos. "É ou não é?"
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