Outros elos pessoais

10 setembro 2012

Apartheid não tem raça: massacre de Marikana (18)

"Para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude." (Tancredi)
Décimo oitavo número da série, crédito da imagem aqui. Escrevi, já, que o apartheid social manifesta-se de uma segunda forma: com a manutenção do modo de produção e do sistema de relações sociais excludentes pré-1994. Na verdade, modo de produção, relações sociais e superexploração pré-1994 continuam a ritmar a vida da África do Sul. O massacre da Marikana trouxe à tona duas formas de violência: a do Estado repressivo simbolizado pela polícia e a do capitalismo financeiro. Mas, então, nada mudou? Não, algo mudou. A "acção afirmativa" é a mudança ocorrida na pele do sistema, mantendo-se o corpo anterior. Prossigo mais tarde.
(continua)
Adenda: confira aqui.

1 comentário:

  1. Ontem passou no Discovery uma longa historia sobre a construção de infra estruturas para o atendimento ao Mundial de Futebol 2010 na África do Sul. Aí se vê que o conhecimento e a técnica são detidas em 99.99% por pessoas de raça branca. Talvez lhes chamemos descendentes do apartheid mas são essas pessoas que é necessário chamar quando é necessário construir. O empoderamento tem de ser por via da escola e não por via da conta bancária. A descriminação positiva tem de ser por nivelamento da 'cualidade de ençino' segundo a mais alta bitola.

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.