Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
28 agosto 2012
Apartheid não tem raça: massacre de Marikana (11)
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Eu não diria que a média e a grande burguesia ligadas ao Estado via ANC ganharam poder económico. Chamar-lhe-ia antes poder de compra, poder de consumo. A minúscula componente produtiva desta acumulação de capital está associada aos que detêm o poder económico, os descendentes do sistema do apartheid. Assim o poder económico real encara as políticas de acção afirmativa não como um meio de transferência de capacidade e partilha de poder e distribuição de riqueza mas como um imposto, 'Imposto Sobre Rendimentos Pós Apartheid'.
ResponderEliminarA periferia permanece intactamente igual a si própria antes, durante e depois do apartheid. As relações sociais passaram por uma cirurgia estética apenas. Apesar de manter o patrão o marginalizado julga-se livre porque agora as marionetes dos orgãos de "soberania"- as aspas são necessárias quando não há independência económica associada às outras independências - descendem da periferia como a maioria.
O BEE tinha de ser reformulado para obrigar aos pretos já empoderados a participar no empoderamento dos ainda desfavorecidos alargando a base de beneficiários. Para isso o seu poder de consumo devia ser transformado em capacidade de produção, multiplicação.
Curto e excelente.
ResponderEliminarEntretanto, os mineiros detidos vao ser formalmente acusados de homicidio. Quanto a Policia, nem uma palavra...
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