Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
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24 agosto 2012
Apartheid não tem raça: massacre de Marikana (7)
"Pergunta sempre a cada ideia: a quem serves?" (Bertolt Brecht)
Sétimo número da série, crédito da imagem aqui. Há seis números que procuro fornecer-vos dados para que possais analisar um fenómeno que é bem mais vasto do que a mina de Marikana e o pobre bairro mineiro que lhe é limítrofe, fenómeno que, como outros, é costumeiramente analisado em termos psicológicos, técnicos, esvaziado da multiplicidade e da complexidade dos grupos e dos conflitos que fazem parte do seu dia-a-dia. Chegou a hora de vos propor que estamos confrontados com um apartheid sem raça. Se não se importam, prossigo mais tarde. Mas antes de vos deixar, algumas adendas: Adenda: "Criámos um pequeno punhado de mega-ricos beneficiários da política de empoderamento económico dos negros enquanto espectacularmente não diminuiu o fosso entre padrões de vida de ricos e pobres sul-africanos. Temos permitido que o fosso se amplie." - Arcebispo Desmond Tutu, aqui. Adenda 2: um trabalho do cartunista sul-africano Zapiro a propósito do massacre de Marikana, aqui:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Qualquer semelhanca com a nossa realidade nao tera sido mera coincidencia...
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