Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
08 julho 2012
Mercadorização
7 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Assino por baixo este comentário!!!
ResponderEliminarAcho que a coisa é assim: Tudo se compra e tudo se vende. Vejamos: Compra-se o prazer, o conhecimento, a comida, o transporte etc. A preços todos os dias mais elevados... Ora, todos queremos viver e temos medo da incerteza do futuro. Assim, porque nao ter para comer e viver bem hoje e, se puder acumular, melhor... Ademais veja como as coisas actuais são efemeras. Ontem ter um fax era uma coisa que poucos podiam atingir. Ter um computador menos, ter um telefone celular... nem pensar. Hoje, cada dia aparecem aparelhos mais sofisticados que anualmente são ultrapassados. Se nao vejamos o post do professor sobre os blogs. É preciso consumir hoje mesmo, se nao, consumir o que é produzido hoje amanha... será inutil. Estaremos ultrapassados... Para aquecer mais a coisa, a publicidade não nos deixa descansar e querer estar na moda como o meu amigo/a... é fundamental para o "sucesso". Por isso precisamos de ter dinheiro hoje...
ResponderEliminarDízimos da vida...
ResponderEliminarEstamos cada vez mais virados aos rendimentos e ja não olhamos para os meios que usamos para obtenção destes. A Ética esta extinção... Abraço
ResponderEliminarTenho de concordar com o professor Serra! Marx e Engels fizeram uma descricao, no manifesto Comunista, do sistema capitalista como aquele que esfria as relacoes entre os homens e mais tarde no O capital Marx fala da transformação dos de valores de uso em valores de troca. Reifica-se tudo. Hoje, em Moçambique, em todos os países capitalistas não existe mais o homem mas sim uma besta de trabalho, instrumento para explorar. Tudo e' valor de troca ate o sorriso. Vejam as publicidades da nossas operadores de telemóveis e não só. Os sentimentos também são comprados e vendidos. O sistema capitalista e' um sistema violento, um sistema que assenta no capital e a sua acumulação pisa tudo que estiver a sua frente. Não podemos hoje deixar de reconhecer a ditadura do dinheiro, onde tudo que se faz pensa-se no dinheiro. Quanto as igrejas, não podemos nos surpreender com isso pois mesmo nos tempos remotos ja eram latentemente empresas capitalistas mas hoje são-no manifestamente. A fé, o céu, o paraíso entre outras bagatelas vendem-se e compram-se. O sagrado foi profanado. Ha a endinheirização funcional de tudo em tudo.
ResponderEliminarLamento muito a visão que Anónimo tem porque ela tende a naturalização do dinheiro se esquecendo que o dinheiro e' uma invenção histórica que pode ser superada. Nem sempre precisamos de dinheiro para realizar as coisas mas o mundo em que vivemos faz-nos pensar que sem dinheiro não e possível viver. O pensamento da classe dominante torna-se o pensamento dominante, dai que há pessoas a pensarem como Anónimo.
ResponderEliminarDesculpa Sr. Conrado. Eu apenas estou a tentar raciocinar como um comum mortal. E creio que muita gente pensa assim nesta terra. Felizmente não é o meu caso (embora precise de dinheiro pelo menos para as minhas necessidades básicas, pelo que tenho que correr atrás dele).
ResponderEliminarQuanto à sua opinião sobre o dinheiro acho interessante, mas enquanto não aparecer um génio que mude as coisas e invente um substituto do dinheiro (seja de plastico, moedas ou notas), o dinheiro continuará a ser o melhor instrumento para agilizar as trocas no mundo moderno. De nada vai adiantar a gente se queixar disso...
Manuel