Carlos Serra: Como analisais o país entre 1975 e 2012?
Régio Conrado: (continuidade da resposta, CS) Pensamos que o País passou por fases muitos complicadas, mas mesmo assim em muitos aspectos supera a segunda República. Repisamos, tivemos problemas graves no primeiro período, mas a segunda República com o seu neoliberalismo criou e cria Moçambicanos estrangulados pela miséra, ensanguentados pela fome enquanto outros vivem faustosamente como se de reis e faraós se tratassem. O Moçambique de 1990 para cá é um Moçambique em que reina a miserabilização funcional (a resposta à questão termina no próximo número, CS).
Mas dirão alguns estamos no bom caminho da democracia.
ResponderEliminarCom efeito o tempo esbate as arestas mais agrestes do dia a dia.
ResponderEliminarPrimeiro dizer que simpatizo com a teoria do comunismo. Segundo sugerir que nunca tivemos comunismo em Moçambique nem condições para o iniciar.
Comunismo é antes de mais repartição equitativa de responsabilidades em função das capacidades disponíveis. O que pressupõe trabalho, produção.
Ora, na Primeira Républica, passámos o tempo a exercitar o advento da igualdade e a exorcismar os 'menos iguais'; Não trabalhámos e nem sabiamos como se produz. Quando Samora saí da bolha idílica fortemente alimentada pelo seu Conselho de Ministros com indicadores-fantasma dos níveis de produção para Ofensiva Política e Organizacional, encontra um país parado. Calcorreia os últimos armazens e manda redistribuir os últimos restos de produção em Moçambique.
Daí para frente começa a divisão da pobreza. Instalam-se as lojas e clubes dos responsáveis, as francas dos estrangeiros e a dos diplomatas. Para o povo sobram as cooperativas, o GOAM e o seu racionamento, a operação produção e as guias de marcha. Cresce o número dos 'menos iguais'
Comunismo não é aquilo.
Comunismo não se faz com 90% de taxa de analfabetismo.
Mas o comunismo de Lenin nasceu com 90% de analfabetismo...
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