Outros elos pessoais

02 junho 2012

A hipótese do duplo poder (7)

O sétimo número da série, baseada num trabalho do jornal "O País", versão digital, conferível aqui. Prossigo no ponto 2 do sumário proposto aqui.
2. A especificidade moçambicana. Escrevi no número anterior que, por hipótese, o nosso país pode vir a ter um duplo poder, mas de génese e configuração distintas daquelas que pretencem à distante Rússia de 1917. Duplo poder traduzido numa presidência estatal e numa presidência partidária, com esta comandando, porém, aquela. Por quê? Por hipótese, vou propor dois fenómenos: (1) envelhecimento dos produtores da independência nacional mais visivelmente directivos e (2) ameaça de concorrentes políticos jovens e hábeis de outros partidos. Se não se importam, prossigo mais tarde.
(continua)

3 comentários:

  1. Tem razão.
    Os produtores da independência não acreditam no crescimento patriótico das gerações subsequentes pois avaliam a sociedade pelo seu produto genético mais próximo, pelo que têm em casa e que, muitas vezes, é um verdadeiro desastre.Algumas vezes por culpa dos próprios progenitores que, sem atender a méritos, quiseram partilhar à mesa a sua própria, inegável e merecida heroicidade, assim transferindo, por metástase, males caseiros para a sociedade, para orgãos de soberania. Por isso a necessidade de uma presença protectora e orientadora sempre e apenas assente na odisseia da Libertação.
    O problema é que isto começa a cristalizar a crença segundo a qual, sistemas fundados numa revolução só podem ser substituidos por sistemas de genese também revolucionária.
    É aqui que entram os jovens de outras forças políticas já com maturidade política e consciência patriótica crescentes; com propostas mais hodiernas para o projecto Nação.
    É uma revolução interessante a que, inexoravelmente, se avizinha.
    O QUE DESEJO É QUE NÃO SEJA SELADA COM SANGUE.

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  2. Pois e. Mas estarao esses politicos da posicao e da oposicao (jovens e velhos) atentos as dinamicas sociais dos seus eleitores? Sinto aqui muita presuncao e poucos caldos de galinha...

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  3. A época já não é dos Chipandes e companhia.

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