Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
14 maio 2012
Dois imperativos
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Ora ora Professor, poucos aceitam o primeiro ponto, mas certamente quase ninguém aceita o segundo. "Desenvolvimento".
ResponderEliminarFalta o terceiro imperativo, o de quem toma decisões...
ResponderEliminarPara os minerais poderem ser a linha ferrea para a replicação de Maputos em Moçambique é necessário que ocorra um exercício de planificação coerente. O que acontece é que se formos Domingo a tarde ao aeroporto de Mavalane vemos casais jovens em amuo de despedida- geralmente é o rapaz que apanha o último voo do dia para Tete. A rapariga, geralmente com um filhinho em idade escolar fica em Maputo, qual Penelope tecendo a renda durante os seguintes 15 dias. Porque?Muito provavelmente porque em Tete só há minas, não há ainda escolas com a qualidade das de Maputo.Ninguém pensou em sedentarizar estes jovens, 'sustentabilizar' ou, no contexto, 'maputorizar' Tete por via dos seus próprios recursos. Resultado: os jovens vão as minas de Tete como outros vão as minas do john. Não investem lá.
ResponderEliminarPlanificação é o problema.(A proposito de sentir o país quando se planifica, na década 90 viajei de Maputo para Lichinga ao lado de um Director Nacional Adjunto de Alguma Coisa o qual atravessava o rio Save pela primeira vez nessa viagem. Era genuina a sua excitação em relação ao tamanho do país e atodas outras coisa que via pela primeira vez!Já teria decidido alguma coisa nacional?)
Quanto à segunda hipotese, a dificuldade emerge da noção do bem comum. Enquanto eu e os meus vizinhos persistirmos em investir nos nossos 4x4 em vez de melhorarmos a estrada que serve todos é porque ainda não percebemos que a nossa mansão é o covil onde nos refugiamos da periferia. É a nossa prisão.