Outros elos pessoais

07 março 2012

Para ganhar as eleições em Inhambane (13)

Prossigo a série, no segundo leque de questões proposto no número seis, entrando agora no ponto 4.
4. O papel das autoridades comunitárias.  No número anterior falei-vos do empenho dos dirigentes municipais. A radiografia desse empenho (ou ausência dele) é crucial para a disputa eleitoral. Mas esta disputa exige, ainda, considerar o papel das autoridades comunitárias.
Prossigo mais tarde. Foto reproduzida com a devida vénia daqui.
(continua)

3 comentários:

  1. Talvez em Inhambane seja relevante falar, também, sobre lideranças (comunitárias mas também institucionais), sobretudo as que viram seus bens nacionalizados no pós independência, e algumas delas depois acusadas de serem da RENAMO foram presas durante tempo considerável. Para além dos bens viram suas identidades açambarcadas. Ex. (Bairro) Sataré (Santarém) foi forçado a ser (Bairro) Liberdade. Algumas dessas pessoas, me parece, continuaram líderes mesmo quando não foram tornados autoridades. Este cenário é bem mais marcante na cintura da cidade, Chalambe(s), Matadouro, Sataré. Muelé e Nhampossa se tornaram uma miscelânea de fidelidades, uma vez que se mantêm ´gentes` com funcionários públicos. O fenómeno, me parece, se manifesta também em zonas próximas as praias do Tofo, Barra e Salela pelos motivos similares ao acima indicados. Ex. o caso da liderança dos Arouca mas também as lideranças dos expropriados ou mal compensados pelos lodges que ficaram com as terras e o acesso ao mar que lhes dava alimento. E é nesses locais onde se concentra o maior número de pessoas.

    ResponderEliminar
  2. Secretários de bairro e régulos é por onde passa o poder local.

    ResponderEliminar
  3. Me parece que a excepção dos Balanes, 1, 2 e 3, a zona de cimento da cidade, no resto dos bairros de Inhambane ser secretário de bairro torna as pessoas autoridades locais mas, não as confere necessariamente o estatuto de lideres comunitários ou de grandes instituições. E pelo que saiba na cidade de Inhambane não existem régulos.

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.