Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
21 fevereiro 2012
Os novos cães de guarda
5 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
E aqueles aqui da terra?
ResponderEliminarPor vezes são vários e o pessoal não consegue dormir...
ResponderEliminarAinda que na maior parte das vezes Emir Sader acerte na mosca, é alguém que deve ser lido com cautela, na medida em que está organicamente ligado à estratégia política do governo do PT no Brasil (o que significa dizer, faz parte de uma aliança política que abriga cores ideológicas dos mais diversos matizes e está longe, portanto, de ser um governo de esquerda como muitos querem fazer crer por aqui, até para domesticar as reais demandas mais à esquerda).
ResponderEliminarNão é o caso deste texto, que, a meu ver, acerta em cheio em questões importantes.
Mas recentemente, quando da visita da presidente Dilma ao Haiti, Sader produziu um texto que, no mínimo, se utiliza das mesmas estratégias torpes de manipulação dos fatos para justificar um fim. Refiro-me à defesa da posição mais do que duvidosa que o governo brasileiro tem no Haiti: não só participa ativamente da missão de "proteção aos civis" da ONU, como também ficou se posicionou ao lado de Estados Unidos, Canadá e outras potências para impedir que Jean-Bertrand Aristide retornasse ao Haiti a tempo de, eventualmente, influir - ou mesmo participar - das últimas eleições presidenciais.
A meu ver, o papel do Brasil no Haiti é uma vergonha, por tudo que Jen-Bertrand Aristide representa.
E exatamente por isso, é algo que aqui no Brasil é completamente abafado, e quase nada se lê a respeito.
E quando se lê, são distorções como a que Emir Sader opera (e quem se atreve a criticar Emir Sader aqui no Brasil?)
O artigo sobre o Haiti a que me refiro é este.
Obrigado pelo reparo.
ResponderEliminarEu é que agradeço a oportunidade.
ResponderEliminarQue a minha crítica não invalide a importância da questão trazida por Sader a propósito do livro de Halimi.
Mas é que não podia deixar de fazer esta observação na medida em que Sader opera (ou pelo menos operou, naquele artigo sobre o Haiti a que me referi acima)exatamente da forma que críticas como a de Halimi denunciam, o que, em última instância, só reforça a importância do tema.