Retomo a anfibológica figura do militante das tradições, do tradicionalista. O ideal desta singular figura urbana é o tempo imobilizado, é a aldeia alimentando-se do passado, são as regras imutáveis, é o consumo inalterável da língua local, é o culto dos mortos e dos espíritos, é o contacto com o mundo exterior reduzido à fantástica viatura que surge uma vez por ano na estrada silenciosa da zona sabe-se lá vinda de onde, é, enfim, todo esse permanente alimento de respeitáveis teses académicas sobre o fulgor das tradições. Porém, o obstinado defensor público das tradições é um guloso consumidor de coisas em movimento, das mais refinadas e onerosas modernidades.
Com a vossa permissão, prossigo mais tarde.
(continua)
Ora aqui está uma lança no alvo.
ResponderEliminar´Experts´sem sombras de dúvidas.
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