Comentário: interrogo-me sobre a oportunidade de sabermos se nós, Moçambicanos, também somos marcados pelas "ordens tradicionais" de DaMatta.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
25 fevereiro 2012
Mas que coisa milagrosa!
Comentário: interrogo-me sobre a oportunidade de sabermos se nós, Moçambicanos, também somos marcados pelas "ordens tradicionais" de DaMatta.
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Somos e muito.
ResponderEliminarAcrescentamos ainda uma classe: a dos libertadores. Só que as coordenadas desta classe estão tão toscamente difinidas que acaba assimilada por algumas famílias e assim esvaziando a epopeia da secular resitência do Povo moçambicano. Infelizmente.
Excelente texto para reflexão, completamente excelente.
ResponderEliminarNa minha opiniao somos tambem. A nossa matriz colonial e comum a brasileira. Dela herdamos o muito que fazemos no dia-a-dia...
ResponderEliminarNo caso brasileiro, o federalismo, visto a lupa, da-nos ate uma fotografia e bem mais nitida. Compare-se, por exemplo, os estados do Rio Grande do Sul. Da Bahia. E do Amazonas.
No primeiro, a heranca da Europa central e marcante. Isso reflecte-se tambem no modo anglo-saxonico como se organizam socialmente e ate no grau de competitividade mutua que e bem aceite la. Na Bahia, a matriz e essencialmente Africana e Portuguesa. E a terra das macumbas, pais-pretos e sacis pereres. Um imenso e rico patrimonio cultural, mas tambem imensos tabus enraizados no modo de ser da populacao. Ser competitivo aqui nao e proveitoso, porque o conformismo impera. Finalmente, o imenso Amazonas, com indigenas ilhados em reservas e que so agora comecam a habituar-se a modernidade, e caboclos (mesticos de indios) descendentes de portugueses e espanhois, que herdaram de ambos as "ordens tradicionais" que DaMatta assinalou.
Ora se no Brasil, pais independente desde 1822(?) assim e, imagine-se neste solo com menos de 37 anos de idade, onde antes da colonizacao ate haviam muitos "paises" que a conferencia de Berlim artificialmente uniu e a UA formalizou.
E a isto, acrescentaria (como o leitor que me antecedeu) os libertarios, pelo simples facto de serem destribalizados e emigrados para as cidades, o que so por si, e um acto de conquista e ascencao social.
Alias, pegando a onda, eu iria pedir ao senhor professor que enriquecesse esta minha pequena lista de perolas coloniais e pos-colonias que sao parte da nossa cidadania Mocambicana:
1- Codigo Penal;
2- Codigo do Processo Penal;
2- Regulamento de Financas de 1901;
3- Codigo de Estrada;
4- A Administracao Estatal (organica e estatutos da Funcao Publica);
5- Registos e Notariado;
6- A organica das Forcas Armadas;
7- O Planeamento fisico territorial;
8- A Politica Agraria;
9- A Politica Fiscal;
10- A organica dos tribunais;
11- Material didactico e ate curriculum do Ensino Primario, Medio e Pre-Universitario;
12 - A religiao catolica;
13 - A dieta alimentar e as boas maneiras na maioria dos estabelecimentos hoteleiros e casas de pasto.
Se calhar, esta seria a resposta ao vosso comentario...