Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
02 fevereiro 2012
Kim Jong-il, multidões, desespero e problemas de análise (15)
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Idêntico fenómeno verificou-se na antiga URSS em 1953, aquando da morte de Stalin. E o motivo principal, era a ausência de informação contraditória que permitisse comparar e julgar individualmente. Tal como hoje na Coreia do Norte, em 1953 os habitantes dos Gulags tiveram que reaprender a viver com os que viviam "fora". Receberam 25 rublos cada e uma guia de marcha para viverem na cidade mais próxima. Eis porque razão se encontram tantos descendentes de russos, polacos, alemães, romenos e outros no Cazaquistão, Uzbequistão e Tadjiquistão.
ResponderEliminarFinalmente, quanto à dor. Eu também acredito que ela seja verdadeira, pois, ao contrário do sr. Professor, eu não desprezo o papel do comportamentalismo na formação de uma identidade colectiva. Ainda na antiga URSS, os mais fervorosos adeptos de Stalin era órfãos e crianças cujos pais haviam sidos desterrados para os Gulags. Elas eram separadas em pavilhões onde eram doutrinados para servirem a revolução e o seu grande líder (Stalin). Quando Stalin morreu, os comissários políticos dos campos de concentração disseram-lhes que a partir daquele momento tudo seria pior para eles e para o seu país. O choro foi convulsivo e expontâneo...
E para terminar, nós mesmos em Moçambique já estivemos perto de ser uma Coreia do Norte sobretudo no período 1976-81. Não foram poucas as vezes que ouvimos falar de filhos que denunciaram pais ao SNASP por terem ouvido "coisas de reaccionários". Eu mesmo ouvi ex-colonos brancos a dizerem que eram negros nos comícios da FRELIMO para se resguardarem de problemas com o poder. Assim é o comportamentalismo.
Para mim o problema central está em saber o que de facto sabemos dos outros, repito, o problema central.
ResponderEliminarQuando não sabemos usamos o gozo para escondermos. Pena não sermos coreanos...
ResponderEliminarGostamos de pensar que as nossas lágrimas são as únicas reais e que o resto são de crocodilo.
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