Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
13 janeiro 2012
A qualidade educativa: uma noção neoliberal próprio do darwinismo pedagógico
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.

Teoricamente, ate admito que algumas das hipoteses apresentadas fazem sentido. Contudo, fico com uma duvida que o autor nao esclarece. Onde e quando foi possivel criar um "sistema de educacao digno" na humanidade? Na antiga Grecia, possivelmente...Escreve ele e muito bem sobre a necessidade dos tecnocratas saberem um pouco mais do social e humanismo. Pois bem, sou tambem de opiniao que a reciproca e verdadeira. Mas e muito raro ver isso acontecer. Ate parece que a elite pensadora actual so pode ser de cientistas sociais e humanistas envoltos no seu Tratado Hermetico prontos para rotular os "acefalos" tecnocratas. O que e que isso significa? Que os tecnocratas deverao ser "robots" ao servico do social? Quando alertamos para se ter atencao que o bem-estar e os modelos sociais so foram HISTORICAMENTE (e nao existe outro registo identico na memoria da Humanidade) possiveis na Europa e America do Norte da metade superior do sec. XX devido ao crescimento economico real, como consequencia de duas guerras mundiais, onde se refez (tal como se tenta novamente refazer hoje) a ordem economica mundial, lancam-se a terreiro a descoberta de outros vicios do sistema, como que se num outro planeta vivessemos.
ResponderEliminarLembro-me tambem da educacao no socialismo. Onde a cultura e o social tambem ocupavam o lugar do estudo. O problema, era o tipo de cultura que estavamos autorizados a aprender. Educacao Politica sobre o Marxismo-Leninismo. As tradicoes culturais de Mocambique (negros). O trabalho voluntario (de caracter obrigatorio). Educacao Fisica e/ou Militar.
Portanto, ate nesse sistema que a Esquerda moderna volta e meia se socorre para desmontar os vicios do neo-liberalismo actual, haviam dogmas que em nada se diferenciam quanto aos fins, dos actuais.
Em suma, o paradigma manteve-se, mas a visibilidade social e maior hoje, antes que mais nao seja, pelo progresso tecnologico, so possivel, porque sustentaculo dialectico do proprio neo-liberalismo.
E chegados aqui, gostaria de citar, mesmo a contra-gosto, Adolf Hitler: "nao foram os cobardes, nem os indiferentes que mudaram o mundo". E de facto, nao foram. Tivesse sido a humanidade sempre igualitaria e nao competitiva, ainda viveriamos limitados pelas insuficiencias INDIVIDUAIS correntes do nosso aconchego familiar. A questao que se coloca e se isso teria sido suficiente para o progresso da ciencia e do proprio social que hoje tanto se reivindica?
Questao directamente colocada aos cientistas sociais...
Excelente texto para reflexão e debate.
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