Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
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28 janeiro 2012
28 anos depois
Vinte e oito anos depois da última viagem em 1984 e após 18 horas de percurso em mais de 600 quilómetros, um comboio de passageiros ido da cidade de Beira, capital da província de Sofala, chegou anteontem à noite à estação ferroviária da vila de Moatize, província de Tete. Aqui. Adenda às 8:30: habitam a minha memória de jovem tetense duas viagens Moatize/Beira: uma de automotora e outra de comboio. Adenda 2 às 13:28: há algo na memória a dizer-me que a automotora só ia até Mutarara, após o que fazíamos o transbordo para o comboio. Não sei se no país haverá alguém capaz de confirmar ou infirmar isso.
Estamos a falar de uma velocidade média de menos de 35 km/h para uma composição ferroviária cuja tonelagem é normalmente menor que outra de carga...
Ora, a essa velocidade, 11 milhões de toneladas de carvão que se prevê, sejam o pico da produção da Vale em Moatize, seriam escoadas por aquela linha em pelo menos dois lustros. O que nos coloca aqui um problema sério de logística e de rentabilidade do investimento. Não simpatizo nada com a Vale, mas ponho-me a pensar no que faria se o meu parceiro de negócio (Governo) nunca cumprisse com suas obrigações. Mais Catemes porventura... quem sabe?!
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Dia de glória sem dúvida.
ResponderEliminarEstamos a falar de uma velocidade média de menos de 35 km/h para uma composição ferroviária cuja tonelagem é normalmente menor que outra de carga...
ResponderEliminarOra, a essa velocidade, 11 milhões de toneladas de carvão que se prevê, sejam o pico da produção da Vale em Moatize, seriam escoadas por aquela linha em pelo menos dois lustros. O que nos coloca aqui um problema sério de logística e de rentabilidade do investimento. Não simpatizo nada com a Vale, mas ponho-me a pensar no que faria se o meu parceiro de negócio (Governo) nunca cumprisse com suas obrigações. Mais Catemes porventura... quem sabe?!
E sempre esperando que não surjam mais "pais da democracia" na linha férrea...
ResponderEliminare para quando a abertura da linha Lichinga-Cuamba? quando é que esta linha terá a atençao dos políticos deste país?
ResponderEliminarAAS
Pergunte a Ragendra de Sousa, ele já lhe dirá se Cuamba-Lichinga justificam linha férrea...
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