Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
27 dezembro 2011
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Os militantes da desigualdade irão passar maus bocados futuramente.
ResponderEliminarOs militantes da igualdade do Primeiro Mundo nao sabem que o seu bom e velho estado social se fundou:
ResponderEliminar1- Na prosperidade daquelas nacoes devido as altas taxas de crescimento do pos-segunda guerra mundial?
2- No pleno emprego e direitos adquiridos por comum acordo do patronato e sindicatos?
3- No paradigma da industrializacao que fazia daqueles paises "fabrica mundial de bens de consumo". Uma posicao majestatica?
Os militantes da igualdade do Primeiro Mundo recusam-se a ver hoje no que o seu mundo se transformou:
1- As nacoes prosperas financeiramente anemicas, porque as suas taxas de crescimento economico sao negativas ou irrisorias. E nao encontram paliativos;
2- Ser normal ter dois ou tres empregos (e precarios). O patronato e os sindicalistas nunca estiveram tao distantes como agora, de tal sorte, que ja sao muitos que comecam a olhar com desconfianca para ambos;
3- A posicao majestatica da industria, vitima da propria ganancia que caracteriza o capital multinacional. Essa mesma ganancia que sustentou o estado-modelo social. Pois que afinal, optaram por transferir o trabalho pesado (industria) para o extremo oriente e america latina, atraidos pelos baixos salarios, inexistencia de seguranca social e leis ambientais, dando origem aos BRICS. Esquecendo-se porem, que esses paises ja tinham muitos quadros preparados nas melhores universidades para reproduzir autonomamente os "modelos de producao" e coloca-los em novos mercados (Africa e Asia Central) onde o Primeiro Mundo sequer escarrava quando por la passava em expedicoes punitivas ou jornadas humanitarias. E sobretudo, geraram confianca (auto-estima) e aceitacao pelos governos e populacoes locais. Enquanto o Primeiro Mundo autisticamente subalternizava a industria para os BRICS, entretinham-se como os patricios do decadente Imperio Romano do Oriente a manipular sociedades de servicos parasitarias e especulacao financeira global.
E a ma noticia para eles e que isto e irreversivel...
Logo, o que os militantes da igualdade do Terceiro Mundo (inclusive neste blogue) deveriam fazer, era reagir depressa aos acontecimentos, atacando os poucos nichos de sobrevivencia que os maiores, dada a sua visao telescopica, nao conseguem ainda ver. Porque isto e uma selva. E uma das coisas que da sempre certo, e um bom sistema de Ensino. Nao no sentido paternalista da "auto-estima", mas sim no realismo do "comer para nao ser comido".
E a proposito do Ensino, Sr. Professor. Tive a oportunidade de ver uma reportagem da TVI (passou as 3 da madrugada!) que radiografava o sistema publico de ensino na India. Imagine o meu espanto quando descobri que o mesmo padece dos mesmos males do nosso mas produz resultados bons. Levando-me a concluir que, possivelmente, por ser a amostra demografica da India muitissimo superior a nossa, entao o principio de Pareto aplica-se la mas em dimensoes biblicas, produzindo excedente suficiente para encher as universidades do Primeiro Mundo.
Dixit
E no entanto, mesmo nos BRICS as coisas comecam a mudar...
ResponderEliminarhttp://br.noticias.yahoo.com/greve-fábrica-sul-coreana-china-091301395.html
We are all in the same boat.