Prossigo no quarto ponto do sumário desta série.
4. Samorizando Samora. Hoje, Samora aparece com um ícone de múltiplas virtudes, sendo muito provável que, em certos círculos, se crie cada vez mais a imagem mítica do homem que, afinal, era - assim se pretende hoje - um defensor do neoliberalismo, ainda que com o dedo estatal keynesiano. Confinado às estátuas, aos discursos laudatórios anuais, à perda das nervuras do que em vida realmente foi, Samora é dessamorizado, amputado da sua luta por um social diferente do que ele chamou "ordem antiga".
Sugestão: deixem-me sugerir-vos a leitura em 15 números da minha série intitulada A cada um segundo as suas necessidades, a cada um segundo o seu Samora, aqui.
Ora aqui está. Os militantes do status quo irão continuar a dizer que Machel é o seu idolo.
ResponderEliminarPenso que isso e bem evidente. Bastou ver a estatua kim-il-sunguesca rodeada pela publicidade da PEPSI-COLA...
ResponderEliminarMais as lágrimas de crocodilo nas deposições de flores.
ResponderEliminarSe calhar as estátuas servem como sedativos...
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