Outros elos pessoais

10 novembro 2011

Sobre a qualidade do ensino em Moçambique (25)

"Eu mesmo tenho frequentemente lembrado que, se existe uma verdade, é que a verdade é um lugar de lutas." (Pierre Bourdieu)
Mais um pouco da série, mantendo-me no quarto ponto do sumário proposto, rigorosamente apenas lançando ideias e hipóteses, procurando continuamente problematizar um tema que requer pesquisa aprofundada.
6. Factores marginalizados.  No número anterior procurei dar-vos conta dos factores mais sistematicamente invocados para explicar o que se chama má qualidade do ensino. Agora, há uma outra questão: quais os factores que são regra geral marginalizados ou esquecidos na análises que fazemos sobre a qualidade do ensino no nosso país? Proponho-vos pelo menos seis, tendo especialmente em conta o ensino primário, base de todo o edifício de ensino/aprendizagem e, portanto, da chamada qualidade:
*nutrição
*condições de habitação/repouso
*ludicidade
*perfil nosológico
*distância casa/escola
*Mnemónica e alunos mata-borrão
Prossigo mais tarde. Crédito da imagem aqui.
(continua)

4 comentários:

  1. Ora aqui está um naipe de problemas que temos de levar em conta, todos falam dos alunos como se soubessem a maneira como vivem em suas casas.

    ResponderEliminar
  2. É como comparar uma criança do Soweto com uma criança de Clifton...

    ResponderEliminar
  3. São fenómenos que não se quer ver, se calhar nem convém mesmo ver.

    ResponderEliminar
  4. Dá pena ver crianças no chão sem carteiras, basta sair um pouco da cidade.

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.