Outros elos pessoais

23 novembro 2011

Espíritos, doenças e médicos do invisível (5)

Prossigo a série, de acordo com o sumário proposto aqui.
2. Crença na intencionalidade das forças do invisível. Perante a desordem que grassa, torna-se indispensável saber quem (e não o que) a provoca. A solução do problema só pode ocorrer no quadro da intencionalidade atribuída às forças do invisível. Estas forças actuam em todos os actos dos vivos, para bem ou para mal. Que forças do invisível estão em causa? Em primeiro lugar, as forças dos espíritos; em segundo lugar, as forças desencadeadas pela acção da magia. Em qualquer dos casos, trata-se de encontrar as causas e os antídotos, trata-se de construir o processo da verdade de um circuito que, afinal, é menos do foro da psicopatologia (termo que empreguei no número anterior) do que da sóciopatologia.
Com a vossa permissão, prossigo mais tarde. Foto reproduzida daqui.
(continua)
Adenda: "Para se ter uma ideia, na África do Sul, enquanto há um médico para cada 20 mil habitantes, existe um curandeiro para cada 500 pessoas." Aqui.
Adenda 2: um trabalho do antropólogo Paulo Granjo intitulado "Saúde e doença em Moçambique", aqui.
Adenda 3 às 6:52: a história que dá origem a esta série (atribuição de um marido-espírito a uma jovem de 15 anos) está melhor contada no portal da Rádio Moçambique, aqui.

2 comentários:

  1. Quantas tragédias por causa destes espíritos. Mas é interessante que poucos comentam estas coisas, se calhar com medo de algum espírito infiltrado na internet.

    ResponderEliminar
  2. Bem, bem, aqui o rapaz prefere as coisas visíveis.

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.