Adenda às 9:51: por sua vez, o "@Verdade", em texto de Hermínio José, reporta que os governantes entraram e saíram pela porta traseira do edifício onde se localiza o gabinete do primeiro-ministro e dá conta de que numa carta "submetida à Presidência da República a 29 de Setembro passado e espalhada pelas embaixadas sedeadas na capital do país, o Fórum dos Desmobilizados de Guerra pretende ver construído um edifício de 15 pisos imediatamente, para albergar todos os combatentes, alocação pelo governo de 30 viaturas de cinco em cinco anos para garantir o transporte de diversas actividades e escoamento de bens, entre outros." Aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
26 outubro 2011
Manifestação e descrições
Adenda às 9:51: por sua vez, o "@Verdade", em texto de Hermínio José, reporta que os governantes entraram e saíram pela porta traseira do edifício onde se localiza o gabinete do primeiro-ministro e dá conta de que numa carta "submetida à Presidência da República a 29 de Setembro passado e espalhada pelas embaixadas sedeadas na capital do país, o Fórum dos Desmobilizados de Guerra pretende ver construído um edifício de 15 pisos imediatamente, para albergar todos os combatentes, alocação pelo governo de 30 viaturas de cinco em cinco anos para garantir o transporte de diversas actividades e escoamento de bens, entre outros." Aqui.
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
PROF.
ResponderEliminarAlguém aqui poderia me dizer quanto recebe um antigo combatente dos 10 anos de luta armada e um combatentente da Luta da Democracia ou seja os 16 anos de luta?????
Mário Lithuri
Penso que sabe a resposta. Uns sao oficiais generais na reserva. E outros, soldados rasos no caixote de lixo da Historia. Portanto, dispensa comparacoes.
ResponderEliminarA unica coisa que tenho a dizer a respeito sobre esta estratificacao social e politicamente aceite (inclusive neste blogue) em classes de herois e desmobilizados. Parece que os da Luta Armada, sao uma casta superior aos demais. Pergunto-me se aqueles mocambicanos dos anos 40-50 (como Kamba Simango por exemplo e outros) nao poderiam ser classificados tambem? Eu creio que e justo TODO antigo combatente tem direito a uma pensao de sobrevivencia, por principio, mas sobretudo, a possibilidade de sobreviver a custa dos seus projectos e rendimentos proprios. Nunca me pareceu correcto, assumir que TODOS os que fizeram os 16 anos de guerra eram camponeses e semi-analfabetos. E os que combateram na Luta Armada eram o que? Mas foi isso que se viu. Desde a ONUMOZ ate a iniciativa dos Cristaos "Armas por Enxadas" todos afinaram no mesmo diapasao.
Raras vezes constatei em Mocambique projectos estruturantes que fundamentalmente garantissem aos antigos combatentes mais recentes:
1- Assistencia medica-medicamentosa;
2- Auto-emprego pela formacao/actualizacao profissional;
3-Condicoes basicas de recomeco da vida no regresso as origens.
Nada vi. Entenderam que o dinheiro na mao resolvia tudo. Nao so nao resolve, como nos coloca periodicamente a merce da chantagem de individuos que no passado nao souberam fazer outra coisa senao matar, esfolar e roubar impunemente ou as ordens do poder instituido, e que hoje, grosso modo padecendo de stress pos-traumatico, e que fazem a sua anamnese quando estouram os poucos cobres da pensao no "senta-abaixo' das redondezas, ou na "colombia" vizinha. Vi naquela multidao, jovens de 30 anos que poderiam estar a trabalhar. Esclareceram-me que eram ex-criancas-soldado. Hoje sao jovens adultos que sobrevivem, entre outras coisas, como vendedores-ambulantes de quinquilharia chinesa, lavadores de carros, catadores de ferro-velho, aluminio e papelao, e por ai em diante. Sem nenhuma especializacao profissional, alguns ate sem saber ler e escrever.
Mas eles, tambem sao mocambicanos como os outros que nos governam!
Ja se fez um estudo para se avaliar quantos destes antigos combatentes recentes conseguiram estabilizar as suas vidas a custa do auto-emprego e poupancas? Pois bem, facam-no e verao.
Prédio de 15 pisos e mais 30 viaturas de 5/5 anos e mais tudo o que pedem? Melhor alimentar um burro a pão de ló.
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