Outros elos pessoais

24 outubro 2011

Fome e prismas

Em relatório deste ano sobre a fome no mundo, o nosso país foi colocado pela FAO na situação de "alarmante", apesar de ter passado de 59% de pessoas subnutridas em 1990/1992 para 36% em 2006/2008. Aqui (para traduzir, aqui). Citado pelo "Diário de Moçambique", o director nacional dos Serviços Agrários do Ministério de Agricultura, Momade Valá, afirmou que não é alarmante a situação de fome no nosso país, que não se deve confundir fome com subnutrição, que nunca ninguém morreu de fome em Moçambique e que as pessoas podem pelo menos comer mandioca como na Zambézia e em Nampula. Aqui. Finalmente, o jornalista José Zeco tem um texto no "Canal de Moçambique" digital de hoje no qual afirma que cerca de 30 mil famílias se queixam de fome em cinco distritos da província de Manica. Aqui.

5 comentários:

  1. Ora aqui está, não há fome, vá lá, vá lá, podia ser pior.

    ResponderEliminar
  2. É arrepiante que alguém diga isto em público! E não sei o que é pior, se ele mentir descaradamente, ou se estar genuinamente convencido de que o que diz é verdade...

    ResponderEliminar
  3. Independende de qualquer que seja: "fome" ou "subnutrição", o facto é que há pessoas vivendo sob grandes dificuldades alimentares. Embora o número de habitantes no mundo esteja prestes a atingir os 7 biliões, existe ainda um grande stock de alimento para cobrir essa abundância. O que gostaríamos de ouvir do Director não é que "pelo menos" certas pessoas estejam comendo mandioca, mas o que se está a fazer para se contornar este quadro negro. Fntretanto, é difícil confrontar os dados de análise da fome no país, pois maior parte deles são trazidos por organizações internacionais.

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.