"Abaixo o monopólio do capital pelos brancos. As pessoas que estão a roubar as nossas riquezas devem vir ao palco." (canto de Malema ontem numa marcha ocorrida em Pretoria, segundo o IOL News, aqui)
Prossigo a série.
Respeitado e reconhecido por quase todos os quadrantes mundiais como um gentil misturador de águas imune à racialização do social e defensor de diálogo e acordos, Mandela deixou a presidência e foi substituído por Thabo Mbeki. Espécie de Mandela em ponto pequeno, discreto, gestor diplomático do deixa-andar, Mbeki perdeu a reeleição presidencial a favor de um líder popular, Jacob Zuma. Porém, nem um nem outro alteraram substancialmente a gestão financeira das relações de produção e distribuição da rica África do Sul, hoje com uma taxa de desemprego de 25,7% e com a juventude seriamente preocupada e nervosa com o futuro.
Foto reproduzida daqui. Recorde esta postagem aqui.
O Malema disse que o CEO da Câmara das Minas é do "capital branco" e portanto está do lado da "gente errada". Naturalmente que ele quer lá estar.
ResponderEliminarPodem ler -
http://www.newzimbabwe.com/news-6373-Malema+leads+march+against+poverty/news.aspx
Obviamente. Como ja esta em muitos outros, mas por ser um gestor nao executivo (e ex-gangster das townships), so sabe e exigir dinheiro!
ResponderEliminarRecentemente fiz uma viagem longa pelo interior da RSA, de Nelspruit ate a fronteira com o Zimbabwe. E o que reparei foi que houve algumas expropriacoes judicialmente ordenadas pelo Estado de terras araveis, seguida de indemnizacao, a latifundiarios brancos para subsequente distribuicao a agricultores negros. Quase todos projectos agricolas faliram. Quase todas as terras foram novamente revendidas aos seus antigos proprietarios ou simplesmente abandonadas.
Do mesmo modo, vi algumas comunidades afrikaaner a viverem em caravanas, pois ja nem casa propria tem. Perderam os empregos, para cederem o seu lugar a negros com igual competencia. Affirmative action! Na mesma linha, a admissao a funcao publica e agora feita em quotas proporcionais e muitos deles nem sequer chegam a ser entrevistados. Instalei-me num vilarejo chamado Bela-Bela durante alguns dias, onde senti o Apartheid de parte-a-parte. So se comunicam na hora de trabalho. Fora isso, cada um no seu canto. Este e o feudo de Malema e apoiantes. Este e o feudo da AWB tambem. Com auxilio de tradutor de afrikaans, perguntei aos boers da regiao como e que eles sobrevivem nesta nova RSA com Malema e o "affirmative action". Disseram que se ajudam uns aos outros. E quando esgotam as solucoes migram para outras partes do mundo, mantendo contudo alguem na RSA para um dia regressarem quando as coisas estiverem melhores. Em suma, adaptaram-se e encontraram novas solucoes.
Tambem nao sei ao certo como vivem hoje duas outras comunidades raciais importantes da RSA. Os mesticos (Cape Town e redondezas, que maioritariamente votam contra o ANC) e os indianos (Durban e arredores, que votam Inkhata e ANC). Mas calculo que a sua receita seja a mesma da dos afrikaaners. Ajudam-se uns aos outros. E aqui e que se percebe que a RSA e um pais, mas jamais serao um Estado-Nacao. Cabe aos seus politicos retirarem as devidas consequencias disto.
Nao falei com Malemas, mas nem precisava. Basta ler jornais e ver a SABC...
É pá, quando queres uma coisa e vences, inventas uma cor e expulsas a outra. Vida é luta de coisas através de cores.
ResponderEliminarO Sr Malema anda com o rastilho na mão.
ResponderEliminarO homem tem a goela vasta, mas o Zuma está tramado.
ResponderEliminar